Direto de Brasília
Wellington critica falta de ação dos bancos em meio à pandemia e sugere taxar lucros
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O senador por Mato Grosso Wellington Fagundes (PL-MT) criticou os bancos pela falta de ajuda em relação ao novo coronavírus (COVID-19), afirmando que o crédito não chega na ponta, e que um dos caminhos, também, seria o de taxar lucros.
Wellington voltou a defender o isolamento social como medida mais eficaz de combate à proliferação do coronavírus. “[Os bancos] não estão sendo parceiros. O sistema bancário é forte e organizado. A Febraban possui um lobby muito forte no Congresso. O Crédito não está chegando. A pequena e a média empresa, que são as que mais geram emprego no país, vão ao banco e não conseguem capital de giro. As linhas de crédito anunciadas pelo Governo estão na falácia. O crédito não está chegando na ponta”, afirmou.
O legislador lembrou que, só em 2019, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Banco do Brasil lucraram R$ 59,7 bilhões, o maior para o período pelo menos desde 2006. Ele também denunciou “práticas abusivas de bancos”, que estariam, segundo ele, “impondo altos valores para avaliação de crédito, criando barreiras para aqueles que precisam deste socorro agora, inclusive, assegurando que a nossa economia consiga se manter de pé nestes dias difíceis de coronavírus”.
Outra alternativa do senador para ajudar a passar pela recessão seria o Governo Federal executar auxílios mexendo nos 350 bilhões de dólares de reservas cambiais. “O Governo, primeiro, tem que buscar os recursos necessários para cuidar da vida das pessoas. E quando digo cuidar da vida das pessoas, falo principalmente dos mais pobres, dos mais necessitados”.
Presidente da Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura (Frenlogi), Fagundes lembrou ainda que o Brasil não parou como se imagina, pois há muitos setores essenciais funcionamento para que a população, de maneira geral, permaneça em isolamento social.
Citou, como exemplo, a própria logística de transportes, que tem assegurado o abastecimento das cidades com alimentos, remédios e combustíveis. Também elogiou o trabalho dos profissionais de saúde e dos produtores rurais: “Eles estão enviando uma mensagem segura, de que podemos ficar em casa porque alimentos não vão faltar”.
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