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Vírus Sincicial Respiratório (VSR): O que é e como proteger os bebês?


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Você já teve a impressão que bebês e crianças pequenas ficam doentes com mais facilidade? Então saiba que ela é verdadeira. Os mais novos têm o sistema imunológico mais fragilizado, uma vez que ainda estão em fase de amadurecimento, por isso se tornam mais suscetíveis a doenças infecto-contagiosas, como gripes, resfriados, otites, pneumonia e bronquiolite.

Esses dois últimos quadros são comuns – e mais graves – em bebês e crianças pequenas, com a possibilidade de ter, muitas vezes, o mesmo agente causador: o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). O vírus dá origem a infecções que atingem, principalmente, o trato respiratório inferior, que é formado por traqueia, brônquios e pulmões.

Ao contaminar os bebês, a bronquiolite pode surgir a partir da inflamação e inchaço dos bronquíolos. Com isso, o muco ali se acumula, dificultando a passagem de ar pelos pulmões e, por consequência, respiração. Para se ter um panorama, o agente é responsável por até 80% das bronquiolites e 40% das pneumonias em crianças menores de dois anos de idade durante o período de sazonalidade, ou seja, quando há maior circulação do vírus.

No Brasil, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) tende a circular de maneira distinta em cada região do país. No norte, a maior incidência acontece entre os meses de fevereiro e junho, enquanto no nordeste, na região centro-oeste e sudeste, o pico se dá entre março e julho. A região sul, por fim, registra maior circulação entre abril e agosto.

Grupo de risco, contágio e principais sintomas

Por atingir os brônquios e os pulmões, os sintomas predominantes durante o curso da infecção são: coriza (nariz escorrendo), tosse, e possibilidade de febre, dificuldade para respirar e chiado no peito.

Apesar de atingir adultos, nos quais a manifestação é uma leve gripe ou resfriado, os mais vulneráveis são os bebês, já que têm o sistema imunológico e respiratório mais frágil. Porém, ainda entre o público infantil, o grupo de risco é principalmente:

  • Crianças prematuras (que nascem antes de 35 semanas de gestação completas)
  • Crianças com doença pulmonar crônica causada pela prematuridade (a chamada Displasia Broncopulmonar)
  • Crianças com cardiopatias congênitas (anormalidade na estrutura ou função do coração).

Pela fragilidade pulmonar, portanto, é preciso reforçar os cuidados com esse público que, em alguns casos, pode necessitar de aparelhos para melhorar a respiração.

Além disso, é importante lembrar que o vírus também é altamente contagioso e tem transmissão rápida, semelhante a outras patologias virais, ou seja, acontece pelo contato de secreções de pessoas doentes ou objetos contaminados com as mucosas nasais, bem como olhos e boca. Também por esse motivo, é comum que irmãos apresentem o quadro ao mesmo tempo.

Como prevenir e tratar o Vírus Sincicial Respiratório?

Cultivar bons hábitos de higiene e de convivência ainda são as boas formas de prevenir o contágio do vírus. Portanto, os pais devem investir em atitudes como:

  • Higienização das mãos com frequência, sempre utilizando água e sabão
  • Evitar ambientes com aglomerações
  • Não fumar próximo ao bebê
  • Evitar o contato entre bebês e adultos gripados e/ou resfriados
  • Higienização de brinquedos
  • Deixar ambientes ventilados
  • Estímulo ao aleitamento materno.

Outro ponto fundamental é a imunização de bebês que fazem parte do grupo de risco. Ainda não existe uma vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório, é verdade, mas o medicamento preventivo é efetivo, pois trata-se de anticorpos prontos que atuam na defesa do corpo, evitando assim que o vírus se espalhe pelas células do trato respiratório e cause uma infecção grave.

O medicamento está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), bem como no sistema privado, oferecidos de forma gratuita para bebês que nasceram prematuros e têm menos de um ano de idade e crianças com cardiopatia congênita ou doença pulmonar crônica da prematuridade até dois anos de vida.

Além dessa medida, manter a carteira de vacinação infantil atualizada é essencial para a proteção do bebê. É fundamental frisar que a informação é a melhor ferramenta para que os pais conheçam melhor o vírus e saibam como agir em cada caso. Para mais informações, acesse: https://www.tempodeprevenir.com.br/.

Referências:

Condino-Neto A. Susceptibilidade a infecções: imaturidade imunológica ou imunodeficiência?. Rev Med (São Paulo). 2014 abr.-jun.;93(2):78-82. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v93i2p78-82.

Lourenço. L.G., Júnior, J.B.S et all. Infecções pelo Vírus Sincicial Respiratório em crianças. Pulmão – RJ 2005; 14(1): 59-68. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/281494038_Infeccoes_pelo_Virus_Sincicial_Respiratorio_em_criancas_Respiratory_Syncytial_Virus_Infections_in_children.

Fio Cruz. Atenção ao Recém Nascido – Prevenção de Infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em Unidades Neonatais e na Comunidade. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-recem-nascido/prevencao-de-infeccao-pelo-virus-sincicial-respiratorio-vsr-em-unidades-neonatais-e-na-comunidade/.

Sociedade Brasileira de Pediatria. Diretrizes para o manejo da infecção causada pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) – 2017. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/diretrizes_manejo_infec_vsr_versao_final1.pdf

Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Imunização: tudo o que você sempre quis saber/Organização Isabella Ballalai, Flavia Bravo. Rio de Janeiro: RMCOM, 2016. Disponível em: https://sbim.org.br/images/books/imunizacao-tudo-o-que-voce-sempre-quis-saber.pdf.

Fonte:https://www.minhavida.com.br/saude/materias/36541-virus-sincicial-respiratorio-vsr-o-que-e-e-como-proteger-os-bebes?utm_source=news_mv&utm_medium=MS&utm_campaign=8597316

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