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Vídeo flagra momento em que advogado atropela homens; Sinpol emite nota de repúdio


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Um vídeo ao qual o Olhar Direto teve acesso mostra o momento exato em que o advogado Dyego Nunes da Silva Souza atropela dois homens e empreende fuga sem prestar socorro às vítimas. Dyego e seu advogado, Luciano Carvalho do Nascimento, foram presos na madrugada deste sábado após resistirem à prisão e desacatarem policiais. A OAB contrapõe a versão da Polícia Judiciaria Civil (PJC) e afirma que vai representar contra os oficiais. O Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de Mato Grosso (Sinpol-MT) emitiu nota de repúdio.

“O Sinpol-MT, através de sua líder sindical, repele o comportamento demonstrado pelo advogado que mesmo após a chegada ao local de uma equipe da Gerência de Operações Especiais (GOE) para auxiliar no cumprimento da prisão, continuou tentando obstruir o trabalho Policial, numa atitude radical e intempestiva contra os policiais que cumpriam o seu dever”, diz trecho da nota assinada por Edleusa Mesquita, presidente do Sindicato.

Conforme divulgado pelo Olhar Direto, Dyego Nunes foi solto na tarde deste sábado (07) após passar por audiência de custódia e pagar fiança de três salários mínimos, o que equivale a aproximadamente R$ 2.860,00.

Já o advogado Luciano Carvalho do Nascimento vai responder por um termo circunstanciado de ocorrência (TCO), que será enviado para a corregedoria da Polícia Judiciária Civil (PJC). Ele tentou impedir a prisão de Dyego, informando que não se tratava de flagrante delito. Ao atrapalhar a prisão e apreensão da chave do veículo, Luciano também foi detido.

A reportagem tentou entrar em contato com Martiniano, para saber seu estado de saúde, mas ainda não obteve informações. A vítima é a única citada no boletim de ocorrências, no entanto, uma segunda pessoa não identificada também aparece nas imagens sendo atropelada pelo advogado. Este individuo, porém, ao que indica a gravação conseguiu sair ileso.

Veja abaixo.

Outro lado

Uma comitiva da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB) esteve na Delegacia de Roubos e Furtos na manhã deste sábado acompanhando o caso dos advogados. De acordo com o secretário-geral da instituição, Ulisses Rabaneda, uma representação contra os policiais envolvidos no caso será encaminhada a corregedoria da Polícia Civil.

Para o membro da OAB, os policiais civis que atenderam o caso não respeitaram o advogado que estava no exercício de sua profissão, além de o agredirem. O advogado Luciano Carvalho do Nascimento precisou ser hospitalizado.

“O caso é de uma indignação tremenda. O que se observa ali, é que um advogado no exercício de sua profissão argumentava com os policiais de que o seu cliente não estava em condições de flagrante, ele estava no campo do argumento, em momento nenhum ele desacatou ou faltou com educação. Os policiais partiram para a agressão contra este advogado, que inclusive se encontra no hospital. Ele foi removido de Samu da delegacia”, afirmou.

O caso

Os advogados Dyego Nunes da Silva Souza e Luciano Carvalho do Nascimento foram presos na madrugada deste sábado (07) após resistirem à prisão e entrarem em confronto com policiais da Deletran e da Gerência de Operações Especiais (GOE), em Cuiabá.

Supostamente embriagado, Dyego atropelou Martiniano Cabral, de 54 anos, fugiu sem prestar socorro e pediu ajuda a Luciano, que teria soltado um cachorro da raça pit bull contra os policiais.

Veja a íntegra da nota do Sinpol-MT:

O Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de Mato Grosso – Sinpol-MT repudia a ação do advogado, que tentou impedir o acesso de uma equipe da Delegacia de Delitos de Trânsito – DELETRAN, ao Sr. Dyego Nunes da Silva Souza, este, acusado de ser o autor de um atropelamento ocorrido nesta sexta-feira (6).

A presidente do Sinpol-MT considera inconcebível a ação do referido advogado, que primeiramente incitou um cão de raça pitbull contra os policiais, em seguida impediu a entrada da equipe na casa do acusado.

Registro, por oportuno, que os investidores de polícia estavam no efetivo exercício de suas funções constitucionais na apuração de ilícitos penais

No exercício da advocacia, mesmo em seu ministério privado, o Advogado não pode, em nenhuma hipótese, se achá-lo acima da lei: ele é igual a qualquer outro cidadão e deve responder por seus atos. A situação do acusado não é diferente: trata-se de alguém que cometeu um delito no trânsito e usou de recursos escusos para fugir da responsabilidade e tentar ficar impune.

O Sinpol-MT, atraves de sua líder sindical repele o comportamento demonstrado pelo advogado, que mesmo após a chegada ao local de uma equipe da Gerência de Operações Especiais (GOE) para auxiliar no cumprimento da prisão, continuou tentando obstruir o trabalho Policial, numa atitude radical e intempestiva contra os policiais que cumpriam o seu dever.

A Diretoria do Sinpol-MT hipoteca apoio aos policiais.

Cuiabá/MT, 07 de julho de 2018.

EDLEUSA MESQUITA
Presidente do Sinpol-MT

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