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Vacinas, oxigênio, ponte, mais investimentos e aliança para 22: Temas Rocha com Bolsonaro


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A quem um Presidente da República, com tantos problemas a resolver, com as constantes crises que há num país; com as enormes dificuldades que tem que enfrentar, concederia duas horas do seu precioso tempo? Provavelmente para um assunto de enorme gravidade do Estado ou, quem sabe, abriria um pouco sua agenda para conversar com amigos, trocar ideias, ser ouvido e ouvir. Não é qualquer um, seja quem for ou que represente qualquer Poder da Nação, que fica tanto tempo, numa conversa inicialmente formal, mas depois informal e entre amigos, a quem o Chefe da Nação aceite quase 120 minutos de conversa. Pois foi o que aconteceu nesta semana. O presidente Jair Bolsonaro, num dia tenso em Brasília, com troca de ministros, mudança de comando nas Forças Armadas e a pauleira diária e incansável sobre ele da grande imprensa, dedicou um tempo precioso para falar de…Rondônia. Isso mesmo. A longa conversa atravessou assuntos prementes e importantes, como a pandemia; como mais vacinas e oxigênio para o Estado, mas passou também pela garantia de apoio a muitos projetos que ainda serão desenvolvidos por aqui. Neste contexto, enquanto Bolsonaro conversava com o governador Marcos Rocha, o secretário chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves (também, participou o representante do Estado na Capital Federal, Augusto Leonel), registrava horas depois nas suas redes sociais, entusiasmado: “Um bom papo do nosso Governador Marcos Rocha com o Presidente Jair Bolsonaro. Falamos de projetos importantes para Rondônia e conheci um Presidente que gosta e respeita o nosso povo, com um olhar atento e à disposição para fazer muito mais por Rondônia, como até aqui tem feito. Muita coisa boa está vindo por aí. Eu só posso agradecer a Deus, pois ainda sou pequeno andando no meio de gigantes”.

Outro tema da conversa – e um deles não divulgado ainda, publicamente – envolveram questões como a vinda do Presidente da República para inaugurar oficialmente a ponte sobre o rio Madeira, na Ponta do Abunã, agendada para 29 de abril, confirmadíssima e mais investimentos federais para Rondônia. Qual então o tema que dominou algum tempo da conversa e que, ao menos por enquanto, não será tratado oficialmente? Ora, claro que foi a eleição de 2022. Pelo que se soube, Bolsonaro e Rocha confirmaram um pacto firme para a repetição da aliança de 2018. Bolsonaro vai à reeleição. Rocha também. Estarão juntos novamente, a partir do que foi acertado neste longo encontro de Brasília. Rocha voltou mais aliviado, com as palavras de apoio do Presidente, sabendo que o terá ao seu lado em 22.  Conseguir conversar por duas horas com o Presidente do Brasil, é uma demonstração clara de amizade pessoal, prestígio e respeito para com o Governador do nosso Estado. O que se espera, agora, é que um encontro tão longo, certamente uma exceção na agenda presidencial, represente muito mais apoio federal para a nossa terra, ainda mais nesses tempos de pandemia!

A chegada de vacinas ao Estado começa a se tornar mais seguida e com um bom volume de doses. O último envio do Ministério da Saúde foi no sábado passado, dia 27, quando nos mandaram mais 23.400 doses, a maior parte Coronavac e uma parcela bem menor, em torno de 4 mil doses, da Oxford/AstraZeneca. Nesta quinta,  se não houver mudança de planos, devemos receber pelo menos mais 20 mil doses, mas esse número pode ser ainda maior, porque há uma pressão de autoridades rondonienses de todos os setores e também de parlamentares federais e estaduais, exigindo mais e mais vacinas para cá. O secretário Fernando Máximo, que não deixou de criticar, dias atrás, o número de imunizantes que ele considerava pequeno, agora acredita que os lotes começarão a ser enviados mais seguidamente, na medida em que os laboratórios estão produzindo cada vez mais vacinas. Ele tem cobrado também mais rapidez na aplicação das doses pelas Prefeituras. Até agora, foram imunizados cerca de 100 mil rondonienses com a primeira dose e 35 mil com as duas.

MÉDICOS SE DEMITEM: HORA DOS FORMADOS NO EXTERIOR?

A deputada federal Jaqueline Cassol protestou, pelas redes sociais, que ainda não se aceite a participação de médicos formados no exterior, ainda mais nesse momento grave da pandemia, enquanto os formados no Brasil estão abandonando Rondônia. Segundo a parlamentar do PP, nada menos do que 45 médicos teriam pedido demissão de suas atividades no Estado, em apenas três horas. A Secretaria de Saúde, consultada, confirmou que houve sim pedidos de demissão dos profissionais, mas não confirmou o número deles. Há dois motivos principais para a saída dos médicos. Uma, normal para essa época do ano, é que muitos deles deixam o Estado para cursos de especialização e busca de novos conhecimentos para a carreira. A outra é salarial. Um médico aqui ganha em torno de 750 reais por plantão, enquanto em outros Estados, esse valor praticamente quadruplica, superando os 3 mil reais. Ou seja, nesse momento em que a pandemia ataca com mais fúria, Rondônia perde um grande número de profissionais, alguns deles muito preparados para enfrentar a doença e cuidar dos pacientes com sintomas mais graves.

LOBBY EM BRASÍLIA É EMPECILHO À INOVAÇÃO NA SAÚDE PÚBLICA

É nesse momento que volta ao debate a questão dos médicos formados no exterior. Jaqueline Cassol é uma das líderes do movimento de aceitação dos médicos formados no exterior, junto com seu líder da bancada federal, Lúcio Mosquini. Milhares de jovens brasileiros formados no exterior – muitos são rondonienses, que concluíram seu curso principalmente em universidades bolivianas, pela proximidade – ainda não têm o Revalida, exigência legal para que possam trabalhar em solo nacional. Depois de anos, o exame voltou a ser praticado e agora tem que ser feito ao menos duas vezes ao ano. Até agora, contudo, ainda falta a segunda fase para que os que superaram a primeira. O uso, mesmo que temporário e provisório de jovens médicos com diplomas estrangeiros, resolveria de imediato a absurda falta de profissionais na área, ainda mais agora, durante a pandemia. Mas há um lobby muito forte junto ao governo e ao Congresso, para que esse projeto não ande. Uma tentativa de segurar os que atuam na linha de frente da saúde, foi projeto aprovado pela Assembleia, dando gratificações entre 10 mil e 15 mil aos médicos, já a partir deste mês de abril e valores menores para outros profissionais da área. Mas, mesmo assim, os pedidos de demissão continuam aumentando. Enquanto isso, temos cada vez menos médicos atendendo nossos doentes.

TRANCADOS, SEM TRABALHAR, MAS PAGANDO CADA VEZ MAIS IMPOSTOS

Com poucas exceções, o brasileiro continua pagando a maior carga tributária do Planeta, mesmo milhões não tendo trabalho e, outros tantos não possam sequer sair de suas casas para ganhar o pão de cada dia. O achatamento da classe média, sobre quem mais pesa a pornográfica série de impostos, taxas, tributos, emolumentos e outras desgraças, já trabalha mais de 40 por cento do ano só para suprir a ganância dos governos das três esferas. Eventualmente, aqui e ali, Prefeituras e Estados flexibilizam pagamentos, aumentam prazos, mas jamais diminuem o terrível peso nas costas dos seus cidadãos. A Receita Federal, provavelmente o maior dos vampiros, não corrige os valores de abatimento, não aumenta o valor livre de tributação e tira até a última gota de sangue do contribuinte. Um sanguessuga oficial, cada vez mais pernicioso para o pobre cidadão brasileiro. Tudo isso porque muitas das autoridades de todos os Poderes que exigem Lockdown e ameaçam prender quem sair de casa (eles continuam recebendo seus super salários e precisam cada vez mais do nosso dinheiro para se manterem livres, leves e soltos) obrigam a nós, pobres contribuintes, a bancarmos as mordomias deles. Vamos suportar isso até quando?

NEM PARECE SERVIÇO PÚBLICO, DE TÃO EFICIENTE E RÁPIDO

Há que se elogiar o trabalho que está sendo feito pela Prefeitura de Porto Velho na vacinação de idosos. Embora ainda haja burocracia desnecessária para fazer o agendamento pela internet, o que dificulta muito para pessoas de idade que não têm computador ou alguém que as ajude a resolver o problema, a partir daí tudo funciona com eficiência e rapidez. Na São Lucas (antiga Ulbra), o sistema é elogiável, desde a chegada de quem completou o agendamento, até a passagem pela checagem dos documentos e até a vacinação em si. Tudo rápido, eficiente, feito por gente dedicada, sorridente, atenciosa. Tudo isso, coisas que deveriam ser o comum no serviço público, infelizmente é apenas uma exceção, esta merecedora de todos os elogios. Da chegada até a aplicação da vacina, não se leva mais que cinco minutos. Há quem saia com três minutos depois de chegar. Um exemplo que a Prefeitura da Capital, aliás, todas as Prefeitura, deveriam tomar para o atendimento ao público em todas as áreas.

LAERTE PEDE URGÊNCIA NO ZONEAMENTO SÓCIOECONÔMICO

 O setor produtivo de Rondônia está tendo graves problemas, aguardando ansioso a votação do Zoneamento Socioeconômico do Estado. O deputado Laerte Gomes fez um apelo especial aos seus pares, em sessão dessa semana, pedindo urgência no assunto e explicando que a indefinição está travando o avanço do nosso setor produtivo. “Precisamos cumprir com o nosso dever, com a nossa obrigação, votando a matéria. Se tiver alguma adequação para fazer, que se faça, mas que a matéria seja colocada em tramitação para aprovação. Assim, o setor produtivo, que está segurando a economia do Estado, poderá avançar cada vez mais”, discursou. De acordo com Laerte Gomes, este é um pedido do setor produtivo, das indústrias e do agronegócio, que têm sido vitais para que a economia do Estado continue crescendo, mesmo nesses duros tempos de pandemia.

MARCO AURÉLIO SAI DO STF E SERÁ JULGADO PELA HISTÓRIA

Por quais ações o decano entre o ministros do STF, Marco Aurélio Mello, primo do ex-presidente Fernando Collor e por ele indicado ao tribunal, será lembrado, quando deixar seu posto em 5 de julho, poucos dias antes de completar 75 anos? Por sua posição contrária à prisão em segunda instância, que beneficiou Lula e outros criminosos condenados? Ou por sua defesa às liberdades individuais e à proibição do uso de algemas, a não ser em casos extremos? Ficará na História como o ministro que confrontou seus pares muitas vezes, até com declarações azedas e agressivas ou por ter mandado soltar bandidões barra pesada, como o megatraficante André do Rap ou o goleiro Bruno, que mandou assassinar friamente a mãe do seu filho? O Brasil se livrará dele ou sentirá falta dele? Um dos maiores egos do país, Marco Aurélio Mello deixará o STF para ser julgado pela História. Ela saberá colocá-lo no lugar que ele merece, seja para o bem ou para o mal.

 

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