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Vacinação contra Mpox começa; Mato Grosso tem 116 casos da doença


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A partir desta segunda-feira (13), a vacinação contra a Mpox, a doença antigamente chamada de “‘varíola dos macacos”, deverá estar disponível em todos os serviços de vacinação do Brasil.

De acordo com o Ministério da Saúde, nessa primeira fase da campanha, a imunização focará em grupos de risco para as formas graves da doença, como pessoas que vivem com HIV/aids e profissionais de laboratórios que atuam em locais de exposição ao vírus.

Com cerca de 47 mil doses disponíveis no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para uso na população, o esquema de vacinação tem indicação de duas doses para cada pessoa.

Em Mato Grosso, o Governo do Estado não se manifestou sobre os dados da campanha de imunização.

De acordo com boletim da Secretaria de Saúde, divulgado na última sexta-feira (10), o Estado tem 116 casos confirmados da doença.

Cuiabá tem a maioria dos registros: são 64 casos confirmados.

Várzea Grande, na região metropolitana, vem a seguir com 25 casos confirmados do mpox.

O Ministério informou que, neste primeiro momento, a população-alvo seguirá as seguintes recomendações:

– No caso da vacinação pré-exposição ao vírus, receberão as doses:

– Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses [condição que deixa o sistema imune menos capaz de combater determinadas infecções]. De acordo com o Ministério da Saúde, este público representa atualmente cerca de 16 mil pessoas em todo o país;

– E profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus [a família do vírus da monkeypox] em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade. Já no caso da vacinação pós-exposição ao vírus, receberão as doses:

– Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da OMS.

* Em ambos os casos, quem já foi diagnosticado com a mpox ou apresentar uma lesão suspeita no momento da vacinação não deverá receber a dose.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o envio de doses será feito conforme o andamento da vacinação e de acordo com as solicitações dos estados e Distrito Federal.

Além disso, para a vacinação pré-exposição, é recomendado um intervalo de 30 dias com qualquer vacina previamente administrada.

Em situação de pós-exposição, cujo principal objetivo é bloqueio da transmissão, a recomendação é que aplicação seja realizada independentemente da administração prévia de qualquer imunobiológico.

Em agosto do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a liberação do uso da vacina, chamada de Jynneos/Imvanex.

A medida tinha validade de seis meses, mas quando o prazo esgotou em fevereiro, a pedido do ministério, a agência prorrogou a dispensa de registro para que a pasta importe e utilize no Brasil o imunizante, que é fabricado pela empresa Bavarian Nordic A/S.

A vacina é destinada a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e possui prazo de até 60 meses de validade, quando conservada entre -60°C e -40°C.

A prorrogação da dispensa temporária e excepcional é válida por mais seis meses e se aplica somente ao Ministério da Saúde.

No Brasil, segundo os últimos dados disponíveis, foram notificados 50.803 casos suspeitos para a mpox.

Destes, 10.301 casos (20,3%) foram confirmados, 339 (0,7%) classificados como prováveis, 3.665 (7,2%) suspeitos e 36.498 (71,8%) descartados.

No segundo semestre de 2022, foram adquiridas por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e importadas pelo governo federal 49 mil doses da vacina, que não foram utilizadas até então.

Desse número, 47 mil doses chegaram e estão à disposição do ministério.

Desde setembro do ano passado, porém, o número de casos no país está em declínio considerável.

A curva epidêmica dos casos confirmados e prováveis teve sua maior frequência registrada no período de 17 de julho a 20 de agosto.

VARÍOLA DOS MACACOS – A mpox era chamada de varíola dos macacos porque foi identificada pela primeira vez em colônias de macacos, em 1958.

Só foi detectada em humanos em 1970. Entretanto, o surto mundial do ano passado não tem relação nenhuma com os primatas – todas as transmissões identificadas foram atribuídas à contaminação por transmissão entre pessoas.

Com informações do G1 e do Ministério da Saúde

https://www.diariodecuiaba.com.br

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