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Uso racional de medicamentos beneficia a saúde e gera economia
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Na Pró-Saúde, uma das maiores entidades de gestão hospitalar do Brasil, iniciativas geram economia e melhora na qualidade da assistência
A automedicação é um hábito comum entre os brasileiros. Dados do Conselho Federal de Farmácia, indicam que 77% da população faz uso de medicamentos sem qualquer orientação ou prescrição médica. Mas o problema não para por aí.
Esse hábito é maior entre a população mais jovem. Segundo pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade, em parceria com o Datafolha, 95% das pessoas entre 16 e 34 anos se automedicam.
Com o objetivo de alertar sobre os riscos à saúde causados pela automedicação e uso indiscriminado, foi criado o Dia Nacional pelo Uso Racional de Medicamentos, lembrado na próxima sexta-feira, 5 de maio.
Além da saúde individual
Mesmo aqueles isentos de prescrição médica, o consumo indiscriminado de medicamentos causa diversos riscos à saúde. Um dos principais é a intoxicação, seguida de reações alérgicas e dependência.
A interação medicamentosa é outro ponto preocupante. Quando dois ou mais medicamentos são tomados juntos, um pode anular o efeito do outro, potencializar esse efeito ou, ainda, a combinação pode resultar em uma fatalidade.
Para Fernado Paragó, diretor corporativo Médico da Pró-Saúde, entidade filantrópica de gestão hospitalar, além de gerar problemas na saúde de forma individual, o mau hábito também afeta a saúde coletiva.
“A automedicação pode ter efeitos diferentes em cada indivíduo e podem interagir com vários medicamentos ou condições médicas apresentadas pelo paciente. Além de mascarar sintomas de uma condição mais grave ou atrasar o diagnóstico e tratamentos adequados. Desta forma é de extrema importância buscar orientação de um médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento ou suplemento. Para ajudá-lo a determinar a dose correta e identificar possíveis interações medicamentosas ou efeitos colaterais”, alerta o médico
Uso racional gera economia em unidades de saúde
No âmbito da gestão hospitalar, o uso racional de medicamentos também traz vantagens para unidades de saúde. Um exemplo disso, é a atuação da farmacoeconomia, estudo que tem como objetivo aliar a qualidade e efetividade do tratamento clínico e a redução de custos e desperdícios.
Na Pró-Saúde, a partir de uma visão estratégica, as análises de custos e projetos de farmacoeconomia, voltados para o uso racional de medicamentos e insumos, resultaram numa economia de mais de R$ 10,7 milhões nos últimos três anos, na área de assistência farmacêutica.
Nesse contexto, os pacientes são beneficiados pela otimização de recursos e maior abrangência de atendimento. É o que explica Letícia Teles, gerente corporativa de Atenção Farmacêutica da instituição.
“O compartilhamento de doses é um dos projetos em destaque, que consiste no agendamento inteligente, buscando uma proporção entre os pacientes e frascos dos medicamentos abertos no dia”, afirma a profissional.
“Ao reunir na agenda os pacientes que utilizam os mesmos medicamentos, aumentamos a capacidade de atendimento, reduzindo o desperdício, já que as doses são usadas em sua totalidade”, completa Letícia.
Comunicação – Pró-Saúde