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“Um sério alerta para nós pastores”, diz Josué Gonçalves sobre suicídio de líder cristão


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O caso da morte do pastor Andrew Stoecklein, que faleceu um dia após tentar o suicídio, vem repercutindo largamente mundo afora, com muitas lideranças cristãs alertando sobre a importância do cuidado com a saúde mental dos sacerdotes.

O pastor brasileiro Josué Gonçalves publicou uma reflexão em seu Instagram destacando que a Igreja precisa estar atenta ao alerta que casos como esse emitem: “Convido você a refletir comigo sobre um assunto que deve preocupar a todos nós. Os membros da Igreja Inland Hills, na Califórnia, ficaram devastados pela notícia do suicídio do pastor Andrew Stoecklein. No Instagram, a esposa dele, Kayla, afirmou que o líder sofria de depressão e ansiedade”.

A publicação do pastor Josué Gonçalves destaca ainda que é preciso tomar certas precauções para não ser vítima de uma doença silenciosa, agressiva e letal como a depressão. “Quem poderia imaginar um homem que ajudou a tantos, que ministrou e tocou pela Palavra a muitos, orou por pessoas que estavam deprimidas e que confortou o coração de tantos, de repente não conseguiu vencer a depressão e preferiu tentar resolver sua dor tirando a própria vida”, escreveu.

“Um acontecimento como esse, serve como um sério alerta para nós pastores repensarmos a forma como estamos cuidando da nossa própria saúde emocional, físicos e espiritual . Que o Senhor console a família enlutada e tenha misericórdia de todos nós!”, finalizou.

Tragédia

O tema vem sendo abordado ao longo dos últimos anos a partir de casos registrados no Brasil e no mundo, com pastores de diferentes denominações sendo afetados por tamanho peso e desespero.

O portal Christian Today publicou um artigo da evangelista e ativista social Kay Morgan-Gurr sobre o caso do pastor Andrew e a repercussão internacional.

Em sua reflexão, a evangelista destaca que “sem dúvidas, haverão muitas pessoas pontuando os porquês dessa trágica história”, mas o principal é observar coisas simples relacionadas ao caso do jovem pastor, que partiu deixando esposa e três filhos.

“O fato de que esta notícia tenha atingido a imprensa cristã tão rapidamente me diz algo. Há muitos cristãos no trabalho secular que chegaram a crer que tirar sua vida parece ser a única opção para eles. Mas, além de seus amigos e familiares, o seu falecimento muitas vezes não é notado para o resto do mundo”, contextualizou.

“Pastores e ministros são humanos e sofrem de doenças mentais como qualquer outra pessoa, da mesma forma que contraem a gripe, quebram membros e contraem câncer. Tem havido muitos relatórios sobre depressão e ansiedade no sacerdócio”, destacou Kay.

A evangelista destacou que um ministério “traz pressões únicas que poucos entendem”, o que leva os pastores à solidão: “As pressões são espirituais, emocionais, psicológicas e físicas. As pressões podem levar a esgotamento, depressão e outras doenças, e se você já tem uma doença mental existente, então lidar com [o fato de] ser pastor pode ser uma pressão ainda maior”, pontuou.

“A família de Andrew será para sempre marcada como ‘a família do pastor que tirou a própria vida’”, lamentou a evangelista, aconselhando seus leitores a orarem pela viúva e filhos de Andrew Stoecklein.

Revelações

A Polícia da cidade de Chino, na Califórnia, revelou que o pastor estava trabalhando no templo Igreja Inland Hills, quando tentou tirar sua vida na última sexta-feira, 24 de agosto, o que o levou à morte no dia seguinte.

Tamrin Olden, supervisor de prevenção ao crime do Departamento de Polícia da Cidade de Chino, recusou dar detalhes específicos do relatório policial oficial, mas disse ao portal The Christian Post que a polícia recebeu uma ligação da igreja sobre a tentativa de suicídio do pastor: “Alguém ligou e disse que o tinham visto ou descoberto na igreja. Não sei os detalhes de onde ele estava. Ele estava dentro do prédio em algum lugar, mas eu não sei exatamente”, afirmou.

Olden revelou que o departamento de Polícia havia sido pessoalmente afetado pela morte de Andrew Stoecklein, porque vários policiais são membros da igreja: “Obviamente, é uma situação devastadora, independentemente de quem esteja envolvido, mas o fato de termos uma conexão com essa congregação o torna ainda mais impactante. Somos uma comunidade muito pequena e muito unida. Temos muitos funcionários que estão familiarizados com a congregação”, lamentou.

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