Mato Grosso
UFMT tem bloqueados 30% do orçamento para 2019 após decreto do governo federal e reitora cita retrocesso
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Como reflexo do corte de R$ 5,8 do orçamento do Ministério da Educação (MEC), decretado pelo governo federal, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) teve bloqueio de 30% no orçamento para 2019, que corresponde a R$ 34 milhões.
A reitora da UFMT, Myrian Serra, emitiu uma nota neste domingo (5) manifestando preocupação com a precarização da instituição. Para ela, “o ataque ao orçamento das universidades públicas brasileiras é uma agressão frontal a qualquer oportunidade de desenvolvimento do país”.
Ela citou que, atualmente, a UFMT oferece 113 cursos de graduação, sendo 108 presenciais e cinco na modalidade a distância (EaD), em 33 municípios mato-grossenses. Possui 25.435 mil estudantes, distribuídos em todas as regiões de Mato Grosso.
Myrian disse ter ficado surpresa com a medida do governo federal. “Esta semana, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e as demais universidades públicas brasileiras foram surpreendidas com um corte extra de 30% em seus orçamentos para 2019, o que compromete nosso desempenho e avanço e nos leva à beira de um retrocesso inimaginável”, declarou.
A reitora enfatizou que, em uma escala de 1 a 5, a UFMT tem o conceito 4 na avaliação do Ministério da Educação (MEC). “Buscamos atingir o 5 e falta pouco. O desafio esbarra na ausência de recursos financeiros para o apoio à pesquisa, à extensão e ao ensino de qualidade; para a conclusão de obras (salas de aula e laboratórios); para a aquisição e manutenção de equipamentos e, principalmente, para a contratação de pessoal”, pontuou.
Para a reitora, a gestão pública precisa ultrapassar os mandatos, cumprir os compromissos assumidos, em todos os níveis, sob pena de recomeçarmos o país, o estado e municípios e instituições públicas a cada quatro anos.
Decreto
No decreto do dia 29 de março, o governo detalhou o bloqueio de mais de R$ 29 bilhões em gastos no Orçamento de 2019. A área mais atingida foi a educação (R$ 5,83 bilhões), seguida de Defesa (R$ 5,1 bilhões).
No entanto, em termos percentuais, o maior bloqueio aconteceu no Ministério de Minas e Energia (79,5% do total), seguido pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (41,97%), Infraestrutura (39,46%), Defesa (38,61%), Turismo (37,12%), Desenvolvimento Regional (32,37%).
Os menores contingenciamentos foram nas áreas de Saúde (2,98%), na Controladoria-Geral da União (13,63%) e no Ministério das Relações Exteriores (19,97%).