Turismo indígena em Mato Grosso oferece programa em cachoeira com preços acessíveis e paisagem exuberante

A beleza da Cachoeira Salto Belo, localizada há cerca de 80 km do centro da cidade de Campo Novo do Parecis (391 km de Cuiabá), tem despertado cada vez mais a atenção dos amantes da natureza e de aventuras. Situada na aldeia que idealizou o primeiro projeto turístico-cultural indigena de Mato Grosso, o atrativo oferece programas de camping, trilha e day use com preços acessíveis e paisagens exuberantes.

Para conhecer a queda d’água que tem encantado os turistas de todos os cantos do estado, o Olhar Conceito esteve na aldeia Wazare, do povo Paresi, na última semana. Em um itinerário que pode durar de um a vários dias, o que pode ser percebido foi um espaço que mistura cultura, turismo, lazer e, principalmente, a possibilidade de estreitar o contato com a terra.

“Aqui em Salto Belo a gente trabalha a questão da contemplação da cachoeira. Nós oferecemos o day use e o camping. Nós temos a trilha também onde nós temos um guia que acompanha, desce pela escada, pega a trilha, vai por trás da cachoeira e você pode passar por trás até do outro lado”, explica Kleiton Terena, que trabalha no complexo turístico.

De acordo com Terena, o valor cobrado pelo day use é de R$ 30, por pessoa. A quantia inclui os serviços do guia, a trilha e a possibilidade de passar o dia na cachoeira. Na aldeia, estão disponíveis banheiros, quiosques com energia e wifi. Aqueles que tiverem interesse em prolongar a estadia, podem contratar o programa de camping pelo preço de R$ 50, por pessoa.

“A pessoa pode trazer barraca, aqui nós quiosque com tomada. A gente cobra esse valor por pessoa e o pessoal pode formar o grupo trazer”, disse Kleiton. “É bem tranquilo pra criança, pra família, aquela família que quer vir e ter contato com a natureza”.

Sobre a alimentação, a aldeia Wazare oferece duas opções. Na primeira, é possível que a comida seja servida no quiosque pelos funcionários do projeto turístico, porém, um aviso prévio deve ser feito. A segunda possibilidade consiste no turista trazer o seu próprio alimento e bebida.

Kleiton explica que a única recomendação para aqueles que têm interesse em fazer a trilha da cachoeira é ser maior de 12 anos de idade. Além disso, um cuidado especial deve ser dado àqueles que não possuem o costume de praticar atividades de aventura e aqueles que não tem condições de subir escadas, como pessoas com deficiência e cadeirantes.

“Em uma numeração de 0 a 10 de dificuldade a gente pode colocar ali 9, bem difícil. A gente orienta que as pessoas que não tem condições que não façam a trilha, mas podem vir, fazer a contemplação da cachoeira”, comenta o guia. Questionado sobre a duração do percurso ele é enfático: “De 40 minutos a 1h30”.

Em período de seca, a Cachoeira Salto Belo recebe em média 200 pessoas por fim de semana. No período de chuva, como o de agora, o número diminui para 50. Conforme conta Kleiton,isto porque muitos turistas têm receio da qualidade das estradas. O problema, porém, não impede a realização do passeio, ele conta.

“São 80 km de Campo Novo até aqui, só que vai andar 45 km de asfalto e 35 km de chão. A estrada é boa, é uma estrada que não tem atoleiro, carro pequeno vem tranquilo. Só que o pessoal fica meio cismado com esse tempo, estrada, tudo, e acaba deixando pra outro dia”.

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