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Três perguntas mais frequentes quando o assunto é apartamento novo na planta
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Cada vez mais especialistas recomendam a compra de apartamentos novos na planta, sempre que alguém busca as melhores opções do mercado imobiliário. Se antigamente isso era visto como uma prática de casais que desejam começar sua vida juntos, atualmente é visto como um desejo de diversos perfis.
Pesquisas recentes mostram que um apartamento na planta chega a valer de 20% a 25% menos na comparação com um pronto. Mas vamos com calma: comprar um imóvel não é algo que se faz sem planejamento e quase sempre gera muitas dúvidas, principalmente por ser um investimento à longo prazo. Listamos três destas perguntas e tentamos responder para ajudar os interessados. Confira:
E se a entrega atrasar?
Você se planeja para largar o aluguel e ir morar na nova casa financiada. Quando chega o tão esperado dia, as chaves não são entregues. Ninguém merece, né? Pois acontece mais do que se imagina e o atraso na entrega de apartamentos novos vem sendo cada vez mais monitorada pela legislação brasileira. A maneira encontrada pelas construtoras para driblar essa regulação é fazer contratos com “cláusulas escondidas” permitindo o atraso na entrega do imóvel.
Geralmente o contrato prevê que a construtora pode atrasar a entrega – sem penalidades – cerca de quatro a seis meses. Porém, o Procon orienta os consumidores a não assinar qualquer contrato que permita isso e defende que as mesmas taxas que o cliente paga em caso de atraso de alguma prestação devem ser cobradas da construtora se as chaves não forem entregues no prazo acertado.
E se forem registrados problemas na construção?
Nada pior do que receber um produto com defeito, não é mesmo? Ainda mais se estamos falando de apartamentos novos que você paga durante vários anos. Pois muita gente sofre com esse pavor, mas a legislação vem avançando positivamente neste sentido. As construtoras vêm sendo cobradas por órgãos reguladores de defesa do consumidor para se atentarem ao cumprimento de prazos e na correção de problemas na parte elétrica, piso e encanamento.
A companhia é obrigada a corrigir os erros, devolver o dinheiro ou até mesmo dar um desconto no valor total. O Procon deve ser um grande conivente seu neste caso. Além disso, é altamente recomendado que o consumidor leia com total atenção o contrato de compra e o memorial descritivo – responsável por detalhar os direitos e obrigações dos clientes.
Trata-se de um documento denso e cheio de termos técnicos. Se achar necessário, procure um engenheiro ou mesmo algum especialista em direito imobiliário que pode te ajudar.
E se eu perder o emprego e não conseguir pagar?
Outro temor da população que se joga em um empreendimento imobiliário é a possibilidade de perder o emprego nos tempos de crise como esse em que atravessamos. Muitas pessoas chegam a perder noites de sono só de pensar nesta possibilidade. De acordo com especialistas em direito imobiliário, o cliente geralmente pode atrasar três parcelas do apartamento novo antes de ser acionado na Justiça.
No caso de um aporte na planta de apartamentos novos a situação é mais complicada, já que geralmente quem espera o imóvel ficar pronto costuma morar de aluguel. Isso exige dois imóveis para sustentar. Para não sofrer com essa situação, a melhor maneira é procurar compreender o contrato em cada uma das nuances antes de assinar.
Afinal, existe mais de um tipo de financiamento: alguns são feitos via hipoteca, quando o apartamento já é do comprador, mas também é colocado como garantia para a instituição financeira. Neste caso, se não há o pagamento, o credor entra na Justiça contra o cliente e esse processo se arrasta por vários anos.
Outra modalidade é a alienação do credor, quando o cliente usufrui do espaço, mas ao mesmo tempo ele é propriedade do credor (banco). Em caso de atraso nos pagamentos, o banco necessita apenas da ação judicial para obrigar o cliente a sair do apartamento em poucos dias.