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Três emoções que atrapalham os autores iniciantes


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A inteligência emocional pode ser definida como a possibilidade do ser humano de aprender a lidar com as próprias emoções e usufruí-las em benefício próprio. Uma das maiores vantagens dos detentores desta capacidade é a de se automotivar e seguir em frente mesmo diante de frustrações e desilusões que, invariavelmente, surgem no caminho.

Ao iniciarmos um novo projeto, é comum sermos arrebatados por diversas emoções e isso também acontece com a escrita de um livro. Contudo, minha experiência orientando escritores me fez entender que estar consciente das próprias emoções e saber administrá-las diferenciam aqueles autores que escrevem de forma produtiva e concluem o texto de seus livros daqueles que se deixam abalar por elas, demoram um tempão para os escrever ou mesmo não os finalizam. Tendo trabalhado na publicação de mais de 500 obras de diferentes gêneros e temas e orientado mais de 900 autores, notei que existe um padrão contendo três sentimentos que influenciam e atrapalham os escritores durante a escrita de um livro (principalmente, aqueles que trabalham em sua primeira obra). Vejamos cada um deles e como você, escritor, deve lidar com eles.

Ansiedade – Logo no início da escrita, muitos autores se deixam tomar por uma ansiedade crescente de terminar rapidamente o livro. Isso acontece pois certamente houve uma falta ou falha no planejamento do projeto de seu livro – planejamento este que deve ser realizado antes da fase de escrita.

A ansiedade abala intensamente aqueles autores que trabalham sozinhos, acreditam possuir o livro todo redondo ‘na cabeça’ e já saem escrevendo o primeiro capítulo sem terem planejado sua obra. Em algum momento, tal perfil de autor se verá perdido e confuso e terá uma queda acentuada de produtividade.

O trabalho de escrita de um livro é realmente eficaz quando, no mínimo, o escritor elabora previamente um roteiro de capítulos e uma sinopse da obra.

Escrever sem um planejamento prévio é um erro bastante comum que aumenta muito a chance de desistência. Os autores que conseguem terminar seus livros levaram, em média, o dobro ou três vezes mais tempo comparado aos seus colegas que elaboraram o projeto de suas obras. Com ajuda de um Book Advisor, o autor aprende sobre a importância do planejamento e como ele deve ser feito para que a construção do livro transcorra bem.

A desorganização e falta de planejamento podem ser substituídas, portanto, por cinco passos:

1- Tirando todas as ideias do livro ‘da cabeça’ e transferindo-as para o papel.

2 – Elaborando um roteiro detalhado de cada um dos capítulos (sugiro que você escreva, pelo menos, 1 a 2 parágrafos para cada um deles dizendo o que será abordado) e uma sinopse de uma página, contendo as seguintes informações: do que se trata o livro, a relevância do tema, público-alvo, benefícios esperados aos leitores e breve resumo do conteúdo.

3 – Desenhando um cronograma de escrita e organizando uma rotina semanal de dedicação ao livro.

4 – Estipulando um número de páginas – minha experiência editorial indica que livros que possuem entre 150 a 250 páginas são os ideais.

5 – Se você é um autor de uma obra de ficção, fazendo também um roteiro de personagens que reúna o máximo de informações sobre as características de cada uma delas.

Impaciência e irritação naqueles dias em que você escreve pouco ou mesmo não consegue redigir nada – Mesmo o mais prolífico dos escritores vive dias em que a escrita não flui, portanto não seria diferente com os autores iniciantes. É natural ao longo do processo de escrita ter dias de baixa produção de textos. Porém, ao invés de se deixar abater pela impaciência e irritação e desperdiçar o precioso tempo que separou para trabalhar em seu livro, busque direcionar seu foco para outras atividades importantes relacionadas a ele: aproveite para estudar um pouco sobre técnica de redação, leia sites de notícias e blogs relacionados ao universo dos livros, comece uma pesquisa sobre possíveis editoras para lançar sua obra, atualize-se sobre as últimas novidades do mercado de livrarias e editoras e etc.

Desenvolvi um teste rápido para você saber se está em um bom dia de produção de textos ou não. Comece a escrever um capítulo. Se após 30 a 45 minutos você não tiver redigido, pelo menos, meia página (o equivalente a 1 mil caracteres com espaço), deixe de lado a escrita nesse dia e dedique-se a outras atividades voltadas ao seu livro.

Medo e insegurança quanto a própria capacidade de escrever um bom livro – Vários pensamentos autodepreciativos relacionados a qualidade do texto (a forma como está escrito) e do conteúdo (ideias, opiniões, propostas de reflexão, práticas e metodologias e etc) afligem os autores durante a fase de escrita de suas obras: “Será que o meu texto está bem escrito?”, “Estou transmitindo minhas ideias e opiniões de maneira clara e coerente?”, “Será que as pessoas vão mesmo querer ler meu livro?”, “Será que elas vão gostar do que estou escrevendo?”, “Se tudo já foi praticamente escrito e discutido, o que eu tenho a acrescentar com meu livro?”.

Sentir algum nível de medo e insegurança, ao se escrever o primeiro livro, é algo natural. Afinal, trata-se de uma atividade nova. Só tem condições de escrever um bom livro quem tem vivência e domínio profundos do tema escolhido para sua obra e conhece bem as características do público-alvo para quem o livro se destinará. Portanto, se você considera que entende muito bem de seu tema, é alguém reconhecido pelos outros como especialista no assunto e sabe quais são as necessidades, dificuldades e desafios de seu público em relação a ele, fique tranquilo e confie que você é, sim, capaz de fazer um bom livro.

À medida que você desenvolve sua escrita, sugiro que você peça para algumas pessoas mais próximas (podem ser contatos pessoais e/ou profissionais), que sejam o próprio público-alvo de seu livro, lerem alguns capítulos. Assim, você já colherá feedbacks preciosos que muito poderão te ajudar a melhorar o conteúdo de sua obra. Para ser ainda mais profissional, recomendo que contrate a assessoria de um Book Advisor.

Se você deseja um feedback quanto a qualidade de seus textos, é interessante buscar a opinião de um especialista. Recomendo que busque a assessoria de professores de cursos de redação e língua portuguesa de universidades e colégios de primeira linha ou de um bom Book Advisor.

Como vimos, as emoções pesam muito na construção de um livro e podem, inclusive, levar o escritor a desistir dele. É então que o Book Advisor faz toda diferença. Ele ajuda o autor em todos os momentos da escrita, orientando-o na gestão da montanha russa de sentimentos presentes durante a criação de sua obra.

* Eduardo Villela é book advisor e, por meio de assessoria personalizada, ajuda pessoas a escrever e publicar seus livros. Mais informações em www.eduvillela.com

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