Rondônia
Transparência e construção conjunta de soluções são principais propostas da transição de governo em Rondônia
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Uma transição marcada pela transparência e pela construção conjunta de soluções para os desafios que o estado enfrenta. Essa é a proposta anunciada pelo governador de Rondônia, Daniel Pereira, em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (12) acompanhado do governador eleito, coronel Marcos Rocha e do vice Zé Jodan.
‘‘Montamos toda uma estrutura e uma lógica para fazermos a transição mais transparente que a história de Rondônia possa ter registrado, inclusive deixamos ainda durante o segundo turno o gabinete da vice-governadoria pronto para atender o governador eleito e sua equipe de transição’’, disse Daniel.
Em decreto do dia 7 de novembro, o governador nomeou a equipe governamental composta pelos titulares e adjuntos das principais pastas do governo que juntamente com equipe de transição nomeada pelo coronel Marcos Rocha formada por 33 pessoas têm a missão de dar condições para que passagem de gestão do Estado aconteça sem prejuízos à população.
‘‘Fizemos muitas coisas boas, mas faço questão que a gente discuta amiúde o que nós temos de problemas. Eu não quero que o governador [eleito] seja surpreendido a partir do momento que ele tomar posse com problemas que possam colocar em risco o bom desempenho do governo’’, afirma o Daniel Pereira ao citar os desafios que o estado terá pela frente.
Entre eles, o governador citou está a falta de reservas no Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Rondônia (Iperon), os empréstimos feitos com o BNDS, o pagamento de precatórios para qual o estão tem tomada medidas para solucionar, inclusive com publicação em decreto do programa Compensa-RO e as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que exigem contrapartidas altas do Estado.
Também disse que nos últimos sete meses que assumiu o governo de Rondônia teve que ‘‘apagar pelo menos sete grandes incêndios’’ que se não fosse as medidas estratégicas articuladas teriam levado a economia do estado ao colapso a exemplo da ameaça de retorno de 706 policiais militares a folha de pagamento do Estado que ao final o Estado conseguiu manter na responsabilidade da União e o retorno da dívida bilionária do extinto Banco do Estado de Rondônia (Beron) na qual o Estado teve êxito na negociação da dívida.
DIÁLOGO COM UNIÃO
Em resposta aos problemas expostos, o governador eleito disse que entende que governar Rondônia será uma missão complexa, mas que vai trabalhar com soluções. Rocha disse ainda que as articulações que o governador Daniel Pereira tem tratado com a União para trazer soluções para Rondônia a exemplo da dívida do Beron e a dívida que a Eletrobras tem com o Estado devem ter continuidade e que aceita o convite para participar destes diálogos.
Inclusive contou que estará em agenda essa semana com o presidente eleito Jair Bolsonaro para discutir propostas que tragam benefícios para a nação como um todo e para Rondônia que, segundo Marcos Rocha, será um estado tratado como estratégico para o desenvolvimento do país. ‘‘O Estado não vive para si, vive para responder as necessidades da população’’, reforça o governador eleito.
Marcos Rocha disse que escolheu uma equipe multidisciplinar formada por advogados, contadores, policiais e outros profissionais habilitados para atender demandas que este período de transição necessita. ‘‘Não significa que ali [entre a equipe de transição] estão os secretários. São pessoas que voluntariamente atenderam o clamor de estarem atuando para poder resolver os problemas’’, disse.
Ele ainda explicou que não teve muito tempo para planejar quem irá compor o secretariado uma vez que inicialmente iria disputar as eleições para outro cargo, mas dias antes da convenção do partido foi convidado a se candidatar a governador.
DESAFIOS
O governador eleito anunciou ainda que uma das principais missões será ‘‘enxugar o Estado’’. ‘‘Essa é uma necessidade. Nós precisamos reduzir o tamanho do Estado de forma que consiga atender a população. Quais secretarias serão enxugadas ainda não sabemos’’, garante. Rocha ainda apontou que vai reduzir o número de cargos comissionados.
‘‘Pertencemos a um partido que não fez nenhuma coligação, não existe a questão do toma lá dá cá. Fomos eleitos com um número muito expressivo sem nenhum tipo de troca de favores, então vamos sim reduzir o número de comissionados que foi um clamor da população em todos os lugares que passei [durante a campanha]’’, disse.
Para o governador Daniel Pereira, o maior desafio de Rondônia é ampliar o orçamento para investimentos por que atualmente 92% do orçamento é destinado para repasses aos poderes, despeja com pagamento de servidores e para despesa obrigatória constitucional nas áreas de educação e saúde. Disse ainda que o dever de todo governador é entregar o governo um pouco melhor para o próximo e que em sua gestão houve importantes contribuições especialmente na na área de segurança pública, inclusive com a entrega de aparelhos mobile, e o fortalecimento das negociações com mercados internacionais.
‘‘A população de Rondônia não tem medo de problema, não é acomodada, gosta de desafios e Rondônia pode chegar a ser o melhor estado da federação em 10 anos’’, projeta ele desejando um bom governo a Marcos Rocha.