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Religião

Toda autoridade vem de Deus


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Não estou fazendo campanha eleitoral nem defendendo candidato ou partido político. Conheço as proibições de um defensor público, entre elas a de não exercer atividade político-partidária. Minha intenção é apenas literária e defender a liberdade e a verdade.

Religião tem tudo a ver com política, e quem diz o contrário faz pouco caso da guerra espiritual e política. Já pensaram que o silêncio dos bons dá chance para os maus? Bom, o exército de Cristo somente pode ser formado por “gideões” que não se ajoelham no lago para matar a sede. O preguiçoso se cansa até de levar comida até a boca (Provérbios 26). Deus ri e caçoa de autoridades e pessoas que se julgam acima de todo o saber divino. Tem o Salmo, que diz: “Estabeleci o meu rei em Sião, meu santo nome” (2.6).

Sobre a importância da política e da religião na história, trago exemplos que ajudaram a formar nossa mentalidade e nossa cultura de hoje.

Nosso saudoso Sócrates da antiguidade, acusado de ateísmo e de sedução de jovens, foi condenado à morte. Queria apenas pensar e filosofar sobre questões morais. Nicolau Copérnico disse que o Sol é que girava em torno da terra, contrariando a velha imagem de Deus e do homem como centro do universo. Seu livro foi tido como revolucionário e cancelado, censurado. Ambos foram condenados por suas ideias e influência que elas tinham. O poder e a autoridade da época os condenaram. Uma má interpretação das intenções boas.

Uma política antiga, já excluída, dizia que o governo divino era um direito, pois Deus enviava seus governantes. Apesar disso, ainda hoje existe a crença de que as autoridades terrenas são estabelecidas por Deus. Novamente aquele Salmo: “Estabeleci o meu rei em Sião, meu santo nome” (2.6).

Então, me reporto a Bolsonaro quando ele disse que só Deus o tira do governo.

De um lado, Bolsonaro tem razão. Seus adversários, que o chamam de fascista pelo que ele simplesmente fala, não admitem que nem tudo que sai da boca do atual presidente é besteira, grosseria, desinteligência, agressividade. Sim, ele é politicamente incorreto.

Então, ainda que exista uma conspiração geral antibolsonarista, incluindo intelectuais, jornalistas, instituições, o establishment e o esquerdismo em geral, a saída do atual presidente só será possível com a permissão e a vontade de Deus, pois Deus é quem está no comando.

O rei Saul, primeiro de Israel, foi desobediente e teve suas consequencias. Davi, o segundo, é considerado até hoje o maior de todos os reis de Israel. Salomão ficou famoso por sua sabedoria, Provérbios é a prova. Por fim, Roboão, filho de Salomão, não ouviu o conselho dos anciãos de seu pai, achando melhor levar em conta o conselho dos jovens amigos seus, o povo sofreu por causa disso.

Se o povo escolhe um rei infiel para o seu governo não pode lamentar depois por sua má escolha.

O mundo não é como um relógio de corda, em que Deus fabrica o relógio, dá corda nele e ele trabalha sozinho. O mundo não é contingência cega, acontecimentos aleatórios, um conglomerado complexo de coisas materiais, como pensam mentes científicas e da política anticristã.

Bolsonaro continuará no governo ou sairá dele dependendo dele mesmo e também da obediência do povo à vontade de Deus.

Deus não é alheio, o mero relojoeiro, como disse, mas é um justo juiz, ou seja, age conforme a santidade ou o pecado no mundo. O governo sábio fica, o injusto é lançado fora. Sempre foi assim e assim sempre será, pois a palavra de Deus é eterna, e Deus o eterno, imutável, absoluto e justo.

Até outubro, mês das eleições presidenciais, pode acontecer muita coisa. Não sabemos o que o futuro nos reserva, então o que nos resta é esperança e fé para continuarmos lutando sem ficarmos de joelhos e distraídos bebendo água.

Por Sergio Renato de Mello, defensor público de Santa Catarina, colunista do Jornal da Cidade Online e Instituto Burke Conservador, autor de obras jurídicas, cristão membro da Igreja Universal do Reino de Deus.

* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Fonte: Guiame, Sergio Renato de Mello

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