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Terremoto na Turquia atinge Síria e deixa mais de 1,5 mil mortos
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Magnitude foi de 7,8. 1.472 pessoas morreram e outras 8.385 ficaram feridas
Um terremoto violento de magnitude 7,8 abalou o sudeste da Turquia nesta segunda-feira (6). O desastre causou mais de 1,5 mil mortes. Na Turquia, foram 912 mortes e pelo menos 5.385 feridos. A Síria também sofreu consequências e pelo menos 560 pessoas morreram no país e 3 mil ficaram feridos. Os dados são do balanço provisório do presidente Recep Tayyip Erdogan e de equipes de resgate na zona rebelde.
Segundo as equipes de resgate, centenas de pessoas ainda estão presas sob os escombros e destroços em cidades e vilas em toda a área.
O epicentro foi localizado no distrito de Pazarcik, na província de Kahramanmaras, no sudeste da Turquia, a cerca de 60 km da fronteira com a Síria. Um novo terremoto de magnitude 7,5 atingiu a região às 13h24 (7h24 no horário de Brasília), quatro quilômetros a sudeste da cidade de Ekinozu, de acordo com o USGS. Também houve cerca de 50 tremores secundários, de acordo com Ancara. Os tremores do terremoto foram sentidos até a Groenlândia, de acordo com o Instituto Geológico Dinamarquês.
Por questões de segurança, o gás foi cortado em toda a região, devido a tremores secundários que poderiam gerar explosões.
Enquanto isso, a televisão estatal síria relatou o desabamento de um prédio perto de Latakia, na costa oeste do país.
A mídia pró-governo informou que vários prédios desabaram parcialmente em Hama, no centro da Síria, onde bombeiros e equipes de resgate tentavam resgatar um sobrevivente dos destroços. O chefe do Centro Nacional de Monitoramento Sísmico da Síria, Raed Ahmed, disse à rádio oficial que este foi, “historicamente, o maior terremoto já registrado”.
O terremoto provocou cenas de pânico. Muitos moradores saíram às ruas, apesar da chuva torrencial.
Os Capacetes Brancos disseram que a situação é “catastrófica” e pediram às organizações humanitárias internacionais para “intervir rapidamente” para ajudar a população local.
O presidente turco, cuja forma de lidar com essa tragédia pesará muito nas disputadas eleições de 14 de maio, pediu união nacional. “Esperamos sair juntos desta catástrofe, o mais rápido possível e com o menor dano possível”, tuitou.
A União Europeia (UE) e muitos de seus países-membros anunciaram o envio de ajuda e equipes de resgate. O mesmo foi feito por Estados Unidos, Israel, Índia e Ucrânia.
O presidente russo, Vladimir Putin, enviou suas condolências aos líderes turco e sírio e se ofereceu para “fornecer a ajuda necessária” da Rússia após esta tragédia.
O Azerbaijão, país próximo da Turquia, anunciou o envio imediato de 370 socorristas, segundo a agência oficial de notícias turca.
A Turquia está localizada em uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo. Especialistas alertam há muito tempo que um grande terremoto poderia devastar Istambul, que permitiu construções generalizadas sem precauções.
O país está sobre o encontro de duas placas tectônicas – uma espécie de bloco que flutua sobre o manto, uma das camadas no interior da Terra. As placas podem se mexer, de forma divergente (movendo-se em direções contrárias), convergente (chocando-se uma contra a outra) e transformante (movendo-se lateralmente); os dois últimos movimentos costumam causar terremotos.
Um terremoto de magnitude 6,8 atingiu Elazig em janeiro de 2020, matando mais de 40 pessoas. Em outubro desse mesmo ano, outro de magnitude 7,0 sacudiu o Mar Egeu, deixando 114 mortos e mais de 1.000 feridos.
O DIA
*Com informações da AFP e Estadão Conteúdo