Agronegócios
Tereza Cristina fala em Brasil “neutro” na guerra econômica entre EUA e China
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A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou que o Brasil deve manter uma postura neutra diante do cenário de guerra comercial entre Estados Unidos e China, que já se arrasta por quase um ano.
Quem vai comentar a fala da ministra, além de abordar outros assuntos é a jornalista Carla Mendes, do Notícias Agrícolas. Seja bem-vinda, Carla.
“A ministra Tereza Cristina disse que enquanto as duas maiores economias do mundo estão discutindo as diferenças, o que o Brasil deve fazer é manter as boas relações e o fluxo comercial com ambos os países. É importante lembrar a escalada que nós vimos nos últimos dias, inclusive nessa segunda-feira, das tensões entre China e os EUA, mas as oportunidades que abrem principalmente para os produtos agrícolas brasileiros do maior comprador mundial de alimento, que são os chineses.”
E uma das consequências desse desdobramento é justamente um aumento recente na demanda por soja brasileira. É isso mesmo, Carla? Como fica o preço desse produto com esse contexto?
“É isso mesmo. Os preços já vem subindo no Brasil desde a última semana e segundo dados do Cepea, subiram mais de 2% para R$ 80,18 por saca de 60 quilos. Com a China, maior compradora do produto no mundo, em guerra com os EUA, a soja brasileira é favorecida. Devemos manter nosso protagonismo quando o assunto é exportação de soja. Devemos continuar como maior exportador e os preços devem subir, porque a demanda pelo produto está aumentando.”
A Companhia Nacional de Abastecimento, Conab, anunciou que ao menos quatro culturas desenvolvidas na região de Cristalina, em Goiás, devem ter seus preços de produção reajustados. Quais as culturas e qual a previsão de alteração, Carla?
“As culturas são: alho, milho, café e algodão. A previsão é de que a Conab faça visitas técnicas à propriedades rurais que cultivam esses produtos, entre os dias 5, 6. 7. 8 e 9 para que sejam atualizados, os pacotes tecnológicos e de insumos que são utilizados pelos produtores dessa região, para refazer a questão do custo de produção e fazer essa atualização para definir melhor a política de preços mínimos, entre outras políticas públicas para essas culturas.”
O Cepea consultou produtores de mandioca para avaliar o ritmo de comercialização do produto. E, segundo as informações apresentadas, o clima não é dos melhores. O que anda acontecendo, Carla?
“O que nós observamos no mercado de mandioca é uma demanda menor nos mercados de fécula e de farinha, que estão enfraquecidos. E isso diminuí, consequentemente, a demanda pela raíz, que é a matéria prima para ambos. Isso faz com que haja uma pressão sob os preços. Somente na semana passada, segundo dados do Cepea, nós observamos uma retração de 1,9% em relação ao mesmo período do mês anterior com a tonelada da mandioca posta fecularia por mais de R$ 311.”
Obrigado pelos esclarecimentos, Carla. Quem quiser saber mais novidades do agronegócio é só acessar o Notícias Agrícolas, certo?
“É isso mesmo. noticiasagricolas.com.br para ser o produtor rural mais bem informado do Brasil.”
Por Raphael Costa