Agricultura
Taxa de mortalidade de bezerros por diarreia infecciosa chega a 34% no mundo segundo Embrapa
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De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o índice de mortalidade de bezerros, causado pela diarreia infecciosa, chega a 34% no mundo e pode ser adquirida através de bactérias, vírus, vermes e protozoários. A maioria das mortes devidas à diarreia ocorre nas primeiras duas semanas de vida do animal, quando o sistema imunológico ainda não está estabilizado e os principais agentes etiológicos relacionados ao surgimento de diarreia são: Escherichia Coli, Salmonella spp, Rotavírus, Coronavírus, Cryptosporidium sp e Eimeria spp.
Entretanto, os prejuízos com a perda de desempenho – que inclui redução no potencial de produção leiteira, imunidade e desempenho reprodutivo no restante da vida – são maiores que as perdas com mortalidade. Segundo pesquisa da agência, com a desidratação, desnutrição, lesões no epitélio intestinal e o desbalanço metabólico durante o episódio de diarreia, o desenvolvimento normal do organismo é seriamente limitado. Além disso, a debilidade (ou fraqueza) do animal o deixa suscetível a adquirir outras infecções, o que também retarda o desenvolvimento da cria.
Importância do colostro – Uma das principais formas de combater a diarreia é a correta oferta de colostro – rico em nutrientes e anticorpos – logo após o nascimento. “O colostro é essencial para desenvolvimento das defesas contra doenças e infeções e fortalecimento do organismo. Ao nascer, a bezerra passará por várias mudanças metabólicas, que precisam de energia adequada para isso, e o colostro, rico em proteínas e gorduras, irá fornecer toda essa energia no início da vida. Mas para seja eficiente, três fatores são primordiais: tempo, quantidade e qualidade no oferecimento do colostro. Se o tempo da colostragem não for o ideal ou não tiver volume e qualidade adequadas, problemas surgirão, entre elas a diarreia e todas as suas complicações”, explica o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Kersia, Petterson Sima.
O colostro possui duas vezes mais sólidos totais que o leite. As porcentagens de proteína e gordura são altas e os minerais e vitaminas consumidos através do colostro podem evitar que ocorram deficiências durante o período de aleitamento, já que o leite possui baixa concentração de alguns minerais como ferro, cobre e vitaminas E e A.
Consequência da doença na fase adulta – Os efeitos de longo prazo são os que mais causam prejuízos na fazenda leiteira, até mais que a mortalidade, pois atinge vários animais e persistem por toda vida produtiva da vaca (até 7-8 anos). Isso ocorre, principalmente, quando uma bezerra recebe tratamento inadequado durante um episódio de diarreia, mas ainda assim sobrevive.
A diarreia causa lesões quase irreversíveis no epitélio intestinal, reduzindo definitivamente a capacidade de absorção de nutrientes. Isso leva à atrasos no crescimento, na reprodução, menor imunidade e perda produtiva de leite na fase adulta. O potencial de produção de leite pode ser reduzido em até 17% durante as futuras lactações; bezerras que tiveram diarreia tem 3x mais chance de parirem com 6 meses mais tarde que o ideal; e são 2,5x maior a chance de serem descartadas precocemente, segundo estudos.
Prevenção da diarreia
- Nutrição balanceada: além da qualidade e quantidade de colostro adequada, fornecer leite saudável ou sucedâneo (leite em pó) de boa qualidade durante a fase de cria, quem sabe até mesmo o enriquecimento do leite com sucedâneo.
- Saneamento: a correta higiene do ambiente, equipamentos e ferramentas é imprescindível para reduzir a presença e a proliferação de bactérias e vírus. A umidade excessiva do local colabora para a transmissão da doença.
- Alojamento: atenção a pontos como fluxo de ar, tamanho e tipo de alojamento podem fazer toda diferença. É necessário que o bezerreiro tenha fluxo de ar, mas não sobre os bezerros diretamente. Além disso, é importante cuidar com a superlotação em bezerreiros coletivos. E se utilizará alojamento individual ou coletivo, deve ser discutido com o técnico responsável da fazenda, pois há vantagens e desvantagens em ambos os sistemas.
- Reduza as fontes de estresse, como barulhos, animais e grandes movimentações de máquinas e pessoas próximo ao bezerreiro.
- Isole o animal que estiver infectado para não disseminar a doença.
- Utilizar baldes de aleitamento ou alimentador automático com bons bicos, que simulem a mamada natural, auxilia em muitos aspectos, entre eles a redução de diarreia nutricional.
Saúde da mãe: Bezerros saudáveis nascem de vacas saudáveis. Logo, atenção à mãe durante o período seco e pré-parto tem efeito direto sobre o colostro e saúde da bezerra que irá nascer. É possível também recorrer a vacinação das vacas no término da gestação, estimulando ainda mais a formação de anticorpos e a produção de um colostro de maior valor imunológico.
Função dos nutracêuticos – Para reverter o quadro da diarreia, é importante que haja também a inserção de nutracêuticos para hidratar, repor os eletrólitos, fornecer energia suplementar e controlar a acidose metabólica. “Para ajudar no restabelecimento das bezerras, a Kersia desenvolveu o HYDRAFEED – um nutracêutico que proporciona rápida recuperação das bezerras. Com ele é possível promover uma hidratação fisiológica a nível celular e revigorar todo o organismo. Sua fórmula inclui baunilha na composição para atingir o mais alto nível de palatabilidade, atraindo até mesmo os bezerros sem apetite e mais abatidos”, explica Sima.
O produto beneficia a saúde da bezerra em várias frentes, com um exclusivo pacote energético (lactose, glicina, dextrose, glicerol e acerola), reidratante (potássio, cloro e sódio) e tamponante (bicarbonato de sódio, acetato de sódio e ácido cítrico), tudo isso sendo fácil de usar, pois é efervescente e não precisa misturar. E com a adição de baunilha, a aceitação por parte das bezerras é altíssima. Mais de 95% das bezerras tomam HYDRAFEED nos testes realizados.
Sobre a Kersia – Com mais de 60 anos de história, é líder global em biossegurança e segurança alimentar, com produtos e soluções com valor agregado para a prevenção de doenças e contaminações tanto em animais quanto em seres humanos em todos os estágios da cadeia de fornecimento alimentar. Está presente em mais de 120 países e no Brasil conta com uma fábrica no Rio Grande do Sul e atuação comercial em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas e Pernambuco. www.grupokersia.com.br
Assessoria