Agricultura
Tambaqui de Rondônia recebe reconhecimento de Indicação Geográfica
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O peixe tambaqui amazônico, produzido na região do Vale do Jamari em Rondônia, recebeu a primeira Indicação Geográfica (IG) na espécie Indicação de Procedência (IP). O registro foi publicado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) na última terça-feira (15).
O selo de Indicação Geográfica é concedido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem e no caso do tambaqui, que recebeu o selo de Indicação de Procedência, é por ter transformado a região do ‘Vale do Jamari’ como grande produtor de tambaqui em cativeiro.
O pedido de reconhecimento do produto foi protocolado pela Associação dos Criadores de Peixes do Estado de Rondônia (Acripar).
O ‘Vale do Jamari’ abrange 11 municípios. São eles:
- Alto Paraíso,
- Ariquemes,
- Buritis,
- Cacaulândia,
- Campo Novo de Rondônia,
- Cujubim,
- Itapuã do Oeste,
- Machadinho D’Oeste,
- Monte Negro,
- Rio Crespo e
- Theobroma.
De acordo com o Inpi, o tambaqui criado em Rondônia “possui atributos similares aos existentes em ambiente natural, sendo um produto de carne branca, com textura tenra, firme, macia e suculenta, de sabor marcante e peculiar”.
Maior produtor do Brasil
Em 2021, a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que Rondônia foi líder na produção de tambaqui no Brasil, sendo responsável por 36,7% da produção nacional.
De acordo com o IBGE, no ranking de municípios, Rondônia também é destaque, tendo 14 entre os 25 maiores produtores de tambaqui. Ariquemes é o maior produtor do estado, produzindo 10 mil toneladas em 2021.
Segundo o Inpi, o tambaqui produzido no Vale do Jamari atende, em sua maioria, estados do Norte e Sudeste e Centro-Oeste do país.
Robusta Amazônico
Além dessa IP, o estado possui uma Denominação de Origem (DO) para o café das Matas de Rondônia, o Robusta Amazônico. A área classificada como “Matas de Rondônia” na Identificação Geográfica abrange 15 municípios, sendo todos na Zona da Mata.
De acordo com os documentos apresentados pela Associação dos Cafeicultores da Região das Matas de Rondônia (Caferon), o café robusta amazônico de Rondônia é comprometido com a produção sustentável.
Café Robusta Amazônico — Foto: Armando Júnior
As condições ambientais e climáticas da região rondoniense, somadas ao trabalho especializado no manejo do solo, proporcionam a alta qualidade do grão.
G1