Agronegócios
Suinocultor precisa saber impacto e fatores de riscos para controle de doenças entéricas, defendeu especialista da MSD em Chapecó, SC
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Compreender o real impacto no sistema de produção de suínos e os fatores de riscos são o ponto de partida para controlar doenças entéricas, defendeu o médico veterinário doutor em Ciências Veterinárias pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e coordenador de assistência técnica da MSD Saúde Animal, João Xavier, durante a palestra “Doenças entéricas que afetam suínos no crescimento e terminação. Estamos tratando este tema da forma correta?”.
“É importante trabalhar o sistema como um todo e não apenas de maneira direcionada. Temos ferramentas muito importantes, como programa de vacinação e medicação, porém não podem ser as únicas estratégias na prevenção e no controle de doenças. É preciso agir em fatores de riscos, com programas de biosseguridade e boas práticas de produção. Todos estes programas devem ser padronizados, implantados, monitorados e auditados”, disparou o especialista durante sua apresentação.
Ele destacou um estudo sobre a ocorrência de Lawsonia intracellularis com infecção subclínica, ou seja, animais infectados sem diarreia. “O impacto chega até 20,8% na redução de ganho de peso diário e o aumento na conversão alimentar atingiu um incremento de 20,4%. Este quadro leva consequentemente a uma perda de peso final dos animais, além de maiores custos com a nutrição e aumento no tempo de alojamento, já que os animais demoram mais para chegar ao peso de abate”, afirmou.
Xavier ainda alertou para a ocorrência destes microrganismos resistentes às principais drogas utilizadas no sistema de produção de suínos. “É importante conhecer melhor o comportamento das doenças e fazer monitoramento do perfil sanitário da propriedade para lançar mão destas ferramentas de maneira adequada e responsável”, encerrou o médico veterinário que foi palestrante do programa técnico do evento.