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Sósia de Bolsonaro é solto três meses após ter sido preso por participar de ato golpista no Acre


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O subtenente da reserva do Exército Brasileiro Amilcar Melo de Araújo, conhecido no Acre como sósia do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi solto nesta sexta-feira (28) após o Supremo Tribunal Federal (STF) conceder liberdade provisória mediante imposição de medidas cautelares. A informação foi confirmada ao g1 pelo 4° Batalhão de Infantaria de Selva (4º Bis), onde ele estava detido.

Ele estava preso desde o dia 9 de janeiro deste ano após resistir a desocupar o acampamento montado pelo grupo bolsonarista em frente ao Comando de Fronteira Acre, que apoiava atos antidemocráticos no país. Além de Araújo, outras sete pessoas também foram presas na época.

Entre as medidas cautelares que o subtenente da reserva do Exército deve cumprir estão: o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar a capital acreana, proibição de tirar passaporte, além de restrição ao uso de redes sociais. O g1 não conseguiu contato com a defesa de Araújo até última atualização desta reportagem.

Por conta da função, o militar ficou preso na carceragem do Exército. Outras quatro pessoas seguem presas no presídio da capital acreana, segundo confirmou o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC).

Amilcar de Araújo é famoso no estado por causa da semelhança com Bolsonaro. Ele, inclusive, participou de alguns atos a favor do ex-presidente e se apresenta como sósia de Bolsonaro. Inclusive, em outubro do ano passado, o militar chegou caracterizado de presidente da República em um evento promovido pela ex-primeira dama Michelle Bolsonaro.

Bolsonaristas tentaram resistir e negociar com a polícia, mas receberam voz de prisão em janeiro deste ano — Foto: Rede Amazônica Acre

Bolsonaristas tentaram resistir e negociar com a polícia, mas receberam voz de prisão em janeiro deste ano — Foto: Rede Amazônica Acre

Ato golpista e prisão

 

Contrários ao resultado das eleições presidenciais, bolsonaristas montaram um acampamento ilegal dia 2 de novembro do ano passado em frente ao Comando de Fronteira Acre, em Rio Branco, e pediam intervenção militar. Para se abrigar, bolsonaristas montaram barracas, mesas, cadeiras, instalaram grades e cobriram com lona uma área em frente ao quartel.

No dia 9 de janeiro, o acampamento foi desmontado por equipes das polícias Militar e Civil (PM-AC) e Forças Armadas em cumprimento a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Equipes da Prefeitura de Rio Branco também estiveram no local para ajudar a retirar a estrutura.

Um grupo de nove pessoas foi levado em um ônibus da PM-AC para a Delegacia da Polícia Federal da capital acreana. Foram seis homens e três mulheres foram levados para a PF. Porém, oito seguiram detidos na época.

https://g1.globo.com/ac/acre

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