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Agronegócios

Soja trabalha estável nesta 2ª à espera de novas informações sobre a safra dos EUA


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Os futuros da soja trabalham com leves baixas na manhã desta segunda-feira (3) na Bolsa de Chicago. Por volta de 7h55 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 1,75 e 2,50 pontos nos principais contratos, com o julho cotado a US$ 8,76 eo o agosto, US$ 8,82 por bushel.

O mercado opera bem próximo da estabilidade neste início de semana e de mês, esperando, principalmente, pelas próximas informações sobre a nova safra dos Estados Unidos.

De acordo com informações apuradas pela Labhoro Corretora, o fim de semana norte-americano registrou menos chuvas do que as previsões indicavam, o que poderia permitir um ligeiro avanço do plantio nos próximos dias.

No entanto, os traders estão atentos ainda aos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta segunda-feira com o avanço dos trabalhos de campo na última semana. As chuvas foram muito intensas e não permitiram um grande progresso, segundo analistas e consultores.

A expectativa é de que a área plantada da soja venha reportada em algo entre 41% e 43%. Os novos números saem às 17h (horário de Brasília), após o fechamento do pregão em Chicago.

No cenário político e macroeconômico, atenção à guerra comercial, já que começam a valer hoje as tarifas de 25% dos EUA sobre produtos da China. A nação asiática já está retaliando.

E veja como fechou o mercado na última sexta-feira:

Soja fecha em queda na CBOT e, ao lado do dólar, pressiona portos do Brasil nesta 6ª

O mercado da soja registrou uma nova semana de volatilidade. No cenário internacional, após consecutivos pregões de ganhos fortes, as cotações terminaram o dia em queda. Os futuros da oleaginosa fecharam os negócios recuando mais de 10 pontos entre os principais contratos, com o julho cotado a US$ 8,77 e o agosto, US$ 8,84 por bushel.

Os preços sentiram, como explicaram analistas e consultores de mercado, o peso da realização de lucros neste período de final de mês – e depois dos bons ganhos dos dias anteriores.

Além disso, as previsões climáticas que indicam uma pequena janela de plantio para produtores em regiões pontuais dos EUA também estiveram no radar dos traders. “Até quarta ou quinta-feira podemos ter uma janela, mas é uma janela curta”, diz Matheus Pereira, diretor da ARC Mercosul.

Como explica o executivo, o cenário é de calamidade extrema para o produtor norte-americano – principalmente para o de milho neste momento – mas o mercado tem especulado bastante sobre isso. No entanto, Pereira faz um alerta.

“Até que a gente comece a presenciar, vivenciar uma melhora climática nos EUA, iremos manter um movimento de alta nas cotações da CBOT. Enquanto não veremos a confirmação dessa melhora e números de plantio semanais se reaquecendo, não devemos ter uma reversão agressiva do mercado”, diz.

Afinal, além de previsões que ainda sinalizam mais chuvas, as condições atuais são bastante graves nos EUA.

Em todo o país, faltam ainda quase 15,74 milhões de hectares (39.792,640 milhões de acres) de milho para serem plantados. Para a soja, que começa a ser semeada mais tarde nos EUA, ainda faltam mais de 24 milhões de hectares (60.078,070 milhões de acres).

PREÇOS NO BRASIL

Acompanhando as baixas de Chicago e mais o dólar que fechou na mínima desde o começo de maio, os preços da soja recuaram ligeiramente nos portos do Brasil nesta sexta-feira. As cotações perderam entre 0,36% e 0,61% entre suas principais referências. Ainda assim, mantêm patamares importantes.

Em Rio Grande, a soja disponível fechou com R$ 81,50 e o junho, R$ 82,00 por saca. Já em Paranaguá, respectivamente R$ 82,80 e R$ 83,50. Em São Francisco do Sul, estabilidade nos R$ 82,00 no spot.

Já no interior do país, o movimento não foi homogêneo e foram registradas fortes altas e baixas nas mais diversas praças de comercialização do Brasil. Enquanto Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, registrou valorização de 3,60%, para R$ 72,00 por saca, em Campo Novo do Parecis, Mato Grosso, queda de 1,49% para R$ 66,00.

Nesta sexta-feira, o dólar terminou o dia com R$ 3,9244 e queda de 1,37%. Na semana, a desvalorização da moeda americana ficou em 2,28%.

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