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Mato Grosso

Sócio relata discussão em bar e gerente pagamentos em ouro; mentira, diz viúva


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O assassinato do milionário e fazendeiro empresário e fazendeiro Faisal Ibrahaim Abdularhnan Younes, de 49 anos, no dia 12 de fevereiro, em Matupá (a 720 km de Cuiabá) pegou vários funcionários dele de surpresa. O “Árabe” foi morto com sete golpes de facão, pelo sogro Darci Freitas. Faissal era proprietário de um restaurante famoso na região. E poucas horas antes do crime presenciou, conforme o depoimento que consta nos autos, uma discussão entre o sócio dele, Ahmad Salah Daloul e a esposa Viviane Freitas.

Por volta das 2h da madrugada do dia 12, Faissal, Ahmad, Viviane e mais dois funcionários fizeram uma reunião para definirem e resolverem questões administrativas do restaurante. Pois a esposa de Faissal era somente responsável pelo caixa, e que o sócio eram quem responsável pela contratação dos funcionários. Porém Viviane teria feito demissões sem consultar o sócio.

 Conforme o depoimento de Ahmad, a esposa chegou a dizer que pagaria para que ele desmanchasse a sociedade e fosse embora. Entretanto Faissal que presenciou tudo, teria dito ao amigo que o amava e que não os separaria. Em seguida teria ido embora no carro dele com Viviane. E Ahamad fechou todo o restaurante e também seguiu para casa.

Informou que câmeras de segurança do bar gravaram toda a discussão, contudo os equipamentos foram reaproveitados do antigo salão de Viviane e somente ela tem a senha. Porém ela e o irmão alegavam que não se lembravam da senha e que o material teria que ser mandado para Sinop (a 500 km de Cuiabá) para ser aberto. Veja trecho do depoimento abaixo.

depoimento ahmad

Ahmad destacou, no depoimento dele, que o Darci devia R$ 180 mil ao Faissal, e que isso estava firmado em nota promissória. Documentos que eram guardados no cofre.

Garimpo

O garimpeiro, Darci, segundo funcionários reveleram em depoimentos prestados à Polícia Civil e que constam no processo da morte de Faissal, também arrendava uma das terras do genro onde também fazia exploração da terra.

Conforme o depoimento do gerente da fazenda Dubai, Rubens da Conceição Gomes, ele é quem recebia dos seis homens que arredavam as terras do Árabe. O gerente detalha que os arrendatários passavam um percentual de 12% dos lucros sem dia certo, pois os pagamentos eram feitos de acordo com as produções. Todos os pagamentos eram feitos em ouros e em seguida Rubens vendia e repassava os valores em dinheiro para o Árabe.

Ocorre que, segundo Rubens, há 60 dias antes da morte, os pagamentos do Darci estavam sendo feitos diretamente a Faissal. Porém destaca que não tinha visto por esses dias nenhuma briga entre os dois, pois quem cuidava do garimpo de Darci, além dele, era o filho dele Fábio.

Entretanto, o depoente destaca que dois dias após o assassinato de Faissal, mais precisamente na sexta (14), Viviane, o irmão dela, Fábio, a advogada dela, acompanhada de quatro policiais militares fardados, apresentou a certidão de casamento acompanhada por uma procuração informando que, a partir daquele dia, todos os pagamentos teriam que ser feitos a ela. Como não estavam todos no local, no sábado (15) Viviane retornou novamente, mas desta vez com a advogada, um policial militar, mas este à paisana, e uma terceira pessoa que os mesmos não conhecem, para notificar quem ainda não sabia da situação. Veja trecho do depoimento abaixo.

depoimento de rubens

Outro lado

 procurou Viviane, para tratar sobre as declarações tanto de Ahmad, quanto de Rubens, e ela disse que há muita mentira sendo dita sobre o caso e seus advogados estão contestando tudo judicialmente, com provas. Segundo ela, a respeito da briga que Ahmad relata em depoimento, na verdade não teria sido entre eles dois e sim entre o sócio e Faissal. O sócio, segundo Viviane, estava bebendo muito. Ela nega que tenha demitido funcionários sem o consentimento dele.

Viviane reforça que tinha um casamento conturbado com Faissal, e que ele tanto a agredia fisicamente, quanto ameçava levar o filho deles para os Emirados Árabes, país de origem dele. Afirma que tentava se separar e ele não aceitava, fazendo sempre essa ameaça. Afirma que tem fotos de feridas deixadas por ele, inclusive no rosto. Reforça ainda que este foi sim o motivo do pai ter assassinado o marido dela.

Sobre o fato de ter passado a receber dos arrendatários, ela diz que tem como provar tudo e que enviaria tanto imagens de câmaras quanto papeis à polícia e à imprensa.

Sobre a dívida de R$ 180 mil, citada em depoimento, que o pai dela teria com o sogro, ela questiona: “onde está a nota promissória? Faissal tinha tudo em notas promissórias”. Segundo ela, o marido guardava tudo dentro do cofre e não há um documento se quer que comprove isso. “Meu pai tinha uma frutaria simples, que eram duas caixas apenas”.

rdnews

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