Educação
Sociedade Brasileira de Pediatria defende retorno seguro às salas de aulas
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A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou documento, nesta sexta-feira (29/1), em que defende o retorno seguro de estudantes às salas de aula do país. O principal argumento da entidade se refere à maneira como a Covid-19 afeta o grupo de crianças e adolescentes.
De acordo com o texto, baseado nas informações obtidas em pesquisas internacionais, as crianças representam menos de 1% da mortalidade e respondem por 2-3% do total das internações por Covid-19. “A maioria apresenta quadro leve ou assintomático e os casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica, provavelmente associada à Covid-19, ocorrem com incidência muito baixa.” Neste sentido, os pediatras consideram que, a adoção de protocolos de segurança pode ser efetiva para que os estudantes não arquem com prejuízos em relação ao processo pedagógico.
Desigualdades
Os médicos ponderam, entretanto, que as desigualdades existentes no Brasil podem dificultar a adoção dos protocolos de segurança, especificamente, quando se trata das escolas públicas. Neste sentido, cobram dos gestores federais, estaduais e municipais que se adequem para que não haja riscos para a comunidade escolar.
“Os pediatras consideram indispensável a responsabilização das autoridades públicas, nas três esferas de governo (municipal, estadual e federal) para solucionar o problema da volta às aulas, o que implicaria na tomada de uma série de decisões. De forma geral, a SBP afirma que os gestores devem oferecer com urgência planejamento estratégico, inclusive do ponto vista orçamentário, para que sejam aperfeiçoadas as condições estruturais e de gestão nas escolas, focados no controle de riscos contra a Covid-19.”
Recomendações
A entidade sugere que escolas públicas e particulares executem um planejamento de acordo com suas realizadas locais, levando em conta as dimensões do prédio e das salas, a ventilação dos ambientes, as áreas ao ar livre, a quantidade e a faixa etária dos estudantes, o número de profissionais que atuam na escola, a disponibilidade de máscaras e de produtos de higienização dos ambientes e das mãos. Também reforça a necessidade da testagem para casos suspeitos e de mobilização interna capaz de identificar os contactantes em situações onde haja casos suspeitos.
Como medidas complementares, a SBP sugere que sejam providenciadas a estruturação dos refeitórios em ambiente escolar; assegurados cuidados com as pessoas sintomáticas; emitidos informes para pais, alunos e professores sobre possíveis medidas protetivas, como uma nova quarentena. Também reforça a necessidade de sinalização das escolas com cartazes indicando o fluxo de pessoas e orientações sobre o uso de máscaras, distanciamento social e higienização, bem como a indicação dos locais com dispensadores de álcool.
Fonte: Metropoles