Porto Velho
Sobre um novo trilho, Porto Velho chega aos 107 anos
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Infraestrutura é a aposta de resgate da atual gestão
No dia 2 de outubro de 2021, Porto Velho chega aos seus 107 anos de criação. Uma verdadeira locomotiva com muitos desafios pela frente. A cidade, que surgiu a partir dos trilhos de uma ferrovia, hoje vive um novo tempo. E, assim como os desbravadores que atuaram na construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), a Prefeitura aposta na infraestrutura para se tornar moderna.
“Nos últimos anos, o município viveu uma verdadeira revolução. Foram mais de 300 quilômetros de ruas pavimentadas, além de rede de drenagem que também chega aos moradores das localidades mais distantes da nossa capital”, afirma o prefeito Hildon Chaves.
Das cerca de mil pessoas que viviam aqui no início do século passado, a Porto Velho de hoje acomoda mais de meio milhão de moradores. Gente de todas as origens e etnias que aqui nasceram ou para cá vieram em busca de uma vida melhor.
Cerca de mil pessoas viviam na região de Porto Velho no início do século passado
O fluxo migratório e o aumento populacional resultaram em uma nova configuração da cidade que passou a registrar novos bairros, centros comerciais e habitacionais. Um cenário bem diferente do primeiro núcleo urbano da futura capital.
“Porto Velho é uma cidade que foi desenhada num escritório do Rio de Janeiro por Percival Farquhar. Ele cria uma planta baixa alinhada à primeira rua da cidade que hoje leva o seu nome”, explica o historiador e professor Aleks Palitot.
Ainda nos dias atuais, é possível observar a repercussão dos traçados idealizados por Farquhar na cidade. Da sede da Prefeitura, no Prédio do Relógio, até a avenida Mamoré, Porto Velho acumula ruas e bairros em forma de tabuleiro.
O empresário e engenheiro norte-americano aceitou o desafio de empreender a ferrovia numa quinta tentativa de desafiar as intempéries da Amazônia no período de 1907 a 1912.
Nas décadas seguintes, o projeto de cidade planejada, no entanto, encontrou entraves originados pelas ocupações desordenadas nas zonas Leste e Sul. As ditas invasões, sem a devida regularização fundiária, comprometeram os trabalhos dos futuros governos na expansão dos serviços básicos às novas regiões urbanas da capital.
MODERNIZAÇÃO NA INFRAESTRUTURA
Na primeira gestão foram cerca de 250 quilômetros de ruas asfaltadas
Foi somente sob as duas últimas gestões que Porto Velho passou a viver uma revolução na infraestrutura. Na primeira gestão de Hildon Chaves, em torno de 250 quilômetros de ruas foram asfaltadas. Já no início do seu atual segundo mandato, mais de 50 quilômetros foram entregues até o momento.
As obras de drenagem profunda estão em andamento nos bairros São Francisco, Mariana e Lagoa, zona Leste de Porto Velho. Ainda na primeira metade deste ano, a Prefeitura concluiu a rede de drenagem, pavimentação, calçada, meio-fio e sarjeta do bairro Flamboyant, totalizando em torno de dez quilômetros de ruas beneficiadas.
No último mês, o bairro São Francisco e parte do bairro Mariana viram concluídas a pavimentação de 26 quilômetros de ruas, além de meio-fio e sarjeta que estão em andamento. Tudo com recursos do município e execução direta da Secretaria Municipal de Obras (Semob).
Prefeito em conversa com os moradores do bairro Flamboyant
Outra obra chave é a construção da rede de drenagem do bairro Lagoa. Até o momento, cerca de 750 metros de galerias do tamanho 3×3, mais 220 metros de galerias 2,5×2,5, e outros 250 metros no tamanho de 1,5×1,5 foram instaladas com o objetivo de garantir o escoamento das águas pluviais e evitar alagações.
Ainda na zona Leste, os moradores do Ronaldo Aragão viram o bairro ficar totalmente pavimentado, após a finalização das obras de asfaltamento de dez ruas, que garantiram mais segurança, conforto e comodidade.
Na zona Sul, os bairros Jardim Eldorado, Cohab e Aeroclube, além de outros, também foram contemplados com a pavimentação de ruas.
Os serviços também chegaram na zona Norte da cidade, onde cerca de 30 quilômetros de ruas e avenidas foram recapeadas, dando uma nova cara à região central da cidade.
A Prefeitura segue com inúmeras frentes de trabalhos em todas as regiões.
De acordo com o titular da Semob, Diego Lage, além de levar serviços a todos os cantos de Porto Velho, é uma determinação do prefeito Hildon Chaves a execução de obras com qualidade. “A Secretaria de Obras busca, a cada dia, superar as metas, garantindo a qualidade dos serviços, em prol de uma cidade ainda melhor”.
PASSADO E PRESENTE
Porto Velho, que surgiu dos trilhos, hoje segue no caminho da pavimentação
“O desafio talvez seja tentar inspirar o passado no presente e a atual gestão tem muitas semelhanças com os primeiros anos de Farquhar. Estamos falando de dois períodos separados por mais de cem anos de diferença, mas com apostas muito fortes na infraestrutura”, afirma o historiador.
Para o prefeito Hildon Chaves, o município, atualmente, trabalha em frentes que melhoram as condições de vida das pessoas, igualmente como ocorreu no início do século XX.
“Porto Velho é uma cidade que surge dos trilhos, a partir de uma perspectiva de modernidade. Mais de cem anos depois temos o dever de manter esse mesmo ideal, agora através de um novo trilho que é a infraestrutura. Temos todas as condições econômicas e políticas para resgatar o sentimento de modernidade e oferecer uma cidade mais justa a todos”, finaliza o prefeito da capital.
Texto: Pedro Bentes
Foto: Leandro Morais e Wesley Pontes
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)
Prefeitura de Porto Velho