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Situação fundiária e conflitos agrários no estado


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A Polícia Militar de Rondônia foi convidada para falar sobre a situação fundiária e conflitos agrários no Estado na reunião com técnico da CNA – Confederação Nacional de Agricultura, presidentes de Federações de Agricultura do Norte do Brasil e Sindicatos de Produtores Rurais de Rondônia, ligados a Federação de Agricultura – Faperon, hoje, 28 de setembro, no L’Arcordes  hotel, em Porto Velho. O coronel PM Mauro Ronaldo, comandante geral da Polícia Militar, o subcomandante geral da Polícia Militar coronel Rildo Flores, participaram do evento e coube ao coronel PM Ênedy Dias, a palestra sobre o tema.

 

O presidente da Federação da Agricultura de Rondônia, Hélio Dias, informou que os crimes das cidades estão chegando ao campo. As quadrilhas estão roubando, desde fertilizantes, famílias e seus pertences, até animais. Disse ele que convidou a Polícia Militar para explicar o que vem realizando para conter estes crimes, apesar de não ser tão alarmante como acontece na área urbana, mas é preciso que a PM faça um trabalho preventivo para não termos que lamentar depois.

O comandante geral da PM coronel Ronaldo adiantou que a corporação vem realizando patrulhamentos rurais, especialmente nas regiões onde há indícios de conflitos agrários e ou ações isoladas de marginais. Mantém um posicionamento mais firme no cone Sul, Zona da Mata e Vale do Jamari. “Apresentamos as nossas e as experiências que aqui forem compartilhadas, poderemos utilizá-las para aprimorarmos sempre nossa atuação e dá a quem assegura nossos alimentos diários, a paz no campo”.

Para o coronel Ronaldo a PM vem agindo rápido e pediu aos produtores para informar através do 190, se notarem movimentações de invasões e ou outro tipo de crime que esteja prestes a ocorrer. Quanto às reintegrações ele explicou que vêm diminuindo, este ano, foram feitas 11 reintegrações.

Em sua palestra o coronel PM Ênedy falou das características e da forma como os grupos criminosos agem para invadir as fazendas. Segundo ele, o grupo armado utiliza-se de  violência e, é composto por foragidos da Justiça, apenados do regime semi-aberto ou aberto (com benefícios de prisão domiciliar); apenados em livramento condicional ou com restrições de direitos (a grande maioria dos invasores possui antecedentes criminais).

Eles iniciam, segundo o militar, geralmente, com uma ocupação na área de APP – Área de Proteção Permanente das propriedades rurais; ataques as sedes das fazendas; ameaças aos proprietários e funcionários e construção de acampamento inicial. Após esta prática eles passam a praticar crimes – roubos a banco – Correios – casas lotéricas – tráfico de entorpecentes – exploração ilegal de madeira – e usar os acampamentos para se esconder.

Para ele,  Ações para redução dos conflitos agrários seria aumentar o Patrulhamento Rural (terrestre e aéreo) e cumprimento das  ordens judiciais de reintegração de posse.

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