Mato Grosso
Sindicato nega que denúncias sobre condições de saúde no estado tenham conotação política
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O Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde de Mato Grosso (SISMA/MT) denuncia a ‘explosão’ de terceirização e pejotização na saúde de Mato Grosso.
“Estamos vivenciando no estado de Mato Grosso uma terceirização nunca antes vista, nem mesmo na época das OSS, a gente vivenciava um clima de terceirização e pejotização tão intenso como agora. O que para nós é uma prática inaceitável, sobretudo pensando em políticas de saúde, políticas de saúde pública, que necessita que o profissional que vai atender a população tenha realmente um vínculo com esse paciente, com esse serviço”, explica Carmen Machado, presidente do SISMA/MT.
Ela explica que fixar o profissional naquele atendimento, naquele serviço é investir na capacitação desse profissional para que ele possa atender com excelência a população.
“Nós sabemos que um profissional, como o próprio secretário veio a público dizendo que pode ser substituído com muita rapidez e facilidade, não preenche os requisitos para o atendimento em saúde pública, uma vez que sequer terá tempo, inclusive, de conhecer os preceitos do sistema único de saúde. E é hora que nós pensamos também no investimento em capacitação desse profissional, a gente vai saber e vai poder constatar, na prática, pelas próprias palavras do secretário, um sumidouro de dinheiro público, uma vez que esse servidor não vai permanecer em serviço. Porque ele pode ser substituído a qualquer momento, inclusive quando reclamar por melhores condições de trabalho”, comenta Carmen.
Outro questionamento do SISMA/MT se refere aos profissionais de saúde, como ‘estoque’. Mostrando o tratamento dado pela gestão aos profissionais. E isso pode ser comprovado na prática. O servidor público está sendo comparado a estoque, a copos descartáveis, as seringas… “A material de escritório, uma vez que a gente se referir à força de trabalho em saúde, à força humana como estoque, no nosso ponto de vista é inaceitável, quando vivenciamos um pregão eletrônico para a contratação de “estoque” a gente realmente acredita que é o pensamento infeliz da gestão estadual”, lamenta a sindicalista.
O Sindicato também repudia a fala do secretário ao se referir a visita técnica como política. “Como é que se pode pautar numa acusação? Sendo que nós temos presentes representantes jurídicos, nós temos representantes sindicais, representantes de classe e mais que isso, a própria comissão de saúde da assembleia legislativa por meio da sua equipe de engenharia em que foram constatadas in loco e mostramos o que não foi feito. E mostramos também a ala nova do hospital. Que recentemente, diga -se de passagem, houve um princípio de incêndio na uti neonatal justamente por falta de um serviço de qualidade”, frisa Carmen.
Carmen deixa claro que o Sindicato entende que falhas realmente podem ocorrer em construção, em qualquer reforma. Mas que enquanto poder público, não se pode admitir que se pague por serviços que não foram feitos, se pague por serviços que em 2023 ferem a norma técnica, por exemplo, da questão elétrica de todo o hospital. Tudo consta em um relatório técnico.
CONCURSO PÚBLICO -Quanto a um concurso público existe um lotacionograma com aproximadamente 7 mil vagas na Secretaria de Estado de Saúde sendo diretamente sendo pagos pela secretaria mais de 4 mil trabalhadores, isso sem contar as terceirizações e pejotização.
“Não temos a intenção de agir com má-fé e nem usamos de caráter político partidário para atacar. Nós queremos contribuir, mas nós queremos que a verdade seja dita à busca de resolutividade por essas questões. A saúde do estado não está bem e precisa sim de intervenção”, denuncia o SISMA/MT.
Assessoria