Acre
Sindicato denuncia demissões de profissionais em hospital no AC após novo piso salarial de enfermeiros
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Após a sanção da lei que fixa pisos salariais para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras, o Sindicato Técnicos de enfermagem e enfermeiros do Acre (Spate) acompanha uma suposta demissão em massa que ocorreu no Hospital Santa Juliana, em Rio Branco, que teria ocorrido por causa desse aumento.
“Aconteceram várias demissões de enfermeiros e de técnicos de enfermagem, a desculpa que estão dando é o piso. A gente sabe que tem a necessidade do profissional, eles não estão lá por acaso porque o Santa Juliana é bonzinho e quis contratar e não tem profissional a mais do que necessita. O problema não é que o salário do técnico é grande, eles ganham muito pouco, o profissional ganha um salário mínimo e agora o piso vai para R$ 3,3 mil”, disse a presidente do Sindicato Alesta Costa.
Procurada, a assessoria de comunicação do hospital informou que não vai se manifestar sobre o caso.
Alesta afirma que não sabe a quantidade exata de profissionais, mas acredita que foi cerca de 20.
“Não sei dizer a quantidade correta, mas foram várias, mais ou menos uns 20. Pegaram aqueles mais novos e estão tirando. Só que o usuário tem que ter o atendimento correto e digno e os profissionais da enfermagem não podem ficar sobrecarregados, e a empresa sempre pagou muito pouco aos profissionais. E vamos exigir o dimensionamento da nossa legislação”, explica.
Além disso, a sindicalista diz que deve ocorrer uma reunião no hospital na próxima semana e que vai ser cobrada a distribuição correta de profissionais por pacientes para que não haja sobrecarga e também que seja pago o piso.
“Vamos cobrar o dimensionamento correto dos profissionais, cobrando o piso para que aconteça, e também para que os profissionais não fiquem sobrecarregados. Nós vamos verificar os fatos direitinho e ver o que vão nos dizer. Mas, o que vamos ficar de olho é quantos pacientes está direcionado para cada profissional”, pontua.
Alesta explica que, de acordo com a legislação, na clínica médica, por exemplo, pode ficar até seis pacientes para um técnico de enfermagem; na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), são dois pacientes para cada técnico e cinco por enfermeiro.
“Vamos cobrar isso. Não podemos dizer que não vai demitir porque é o patrão quem decide, mas vamos cobrar o dimensionamento que é previsto na legislação”, concluiu.
G1