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Mato Grosso

Sindicato de policiais civis de MT pede fechamento de 21 delegacias por falta de estrutura


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O Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil (Sinpol) encaminhou, nesta sexta-feira (14), um requerimento para à diretoria da Polícia Civil, solicitando o fechamento de 21 delegacias no estado. De acordo com o sindicato, além do déficit no efetivo, falta estrutura para que os policiais possam trabalhar, especialmente nas delegacias do interior do estado.

O documento, encaminhado no dia 26 de novembro, aponta que em algumas cidades, trabalham três ou dois policiais civis, isso inviabiliza o trabalho e as investigações, segundo o sindicato.

Ainda segundo Gláucio Castagnoli, presidente em exercício do Sinpol, os prédios onde muitas delegacias estão instaladas estão muito deteriorados.

“Como uma delegacia onde trabalham apenas dois policiais vai conduzir uma investigação? Como apenas um policial fará a condução e o transporte de um preso?”, afirma.

O levantamento feito pelo sindicato aponta que as situações mais críticas estão em 21 cidades, como Alto Araguaia, Nova Marilândia, Santo Afonso e São José do povo, onde há apenas um investigador atuando.

Outros municípios como Canabrava do Norte, Castanheira, Cláudia, Feliz Natal, Gaúcha do Norte, Luciara, Nortelândia, Nova Lacerda, Nova Ubiratã, Novo Santo Antônio, Ponte Branca, Santa Cruz do Xingu, Santa Terezinha, União do Sul e Vera, com dois ou três servidores.

Além da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito de Rondonópolis, que contam com dois investigadores, apenas.

Viaturas

O presidente do Sinpol afirma ainda que faltam viaturas, tanto para na Polícia Militar, quanto Civil.

Com relação à retirada das viaturas das ruas de Cuiabá, Várzea Grande e algumas cidades do interior, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), por meio de nota, reconheceu o problema, que estaria sendo ocasionado pelo encerramento do contrato com a empresa que fornece os veículos.

A Sesp informou ainda que outro contrato para o fornecimento de viaturas só pode ser feito em 90 dias. A secretaria declarou também que moveu uma ação na Justiça para reverter a situação, mas não possível. Entretanto, tenta novo acordo com a empresa atual.

O Sinpol relata que além de poucas viaturas, muitas delas não possuem o padrão adequado para o trabalho da polícia.

“Os carros não possuem rádio comunicador, nem camburão. Muitas vezes, o preso é transportado no banco de trás, o que oferece risco aos profissionais da segurança”, afirmou o presidente.

O sindicato relata que a retirada de viaturas das ruas vem acontecendo gradativamente ao longo do ano.

“As viaturas vão para a manutenção e não voltam. Tanto que não sabemos o número exato de carros fora circulação, mas estimamos que 80% das viaturas, na capital, região metropolitana e municípios do interior, tenham sido retiradas de circulação”, completou.

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