Saúde
SETEMBRO AMARELO: Novos tratamentos para depressão podem evitar suicídios
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Esse é o caso da eletroconvulsoterapia (ECT), que consiste na indução de estímulos elétricos em algumas regiões do cérebro com o objetivo de reorganizar as funções neuroquímicas e nos circuitos neuronais alterados determinados transtornos mentais. O aparelho de ECT na psiquiatria é como o cardioversor na cardiologia, salva vidas.
De acordo com a especialista em psiquiatria Andréa Fetter os tratamentos precisam ser realizados ambulatorialmente, com consentimento informado e de forma humanizada, de acordo com as diretrizes do Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB).
Os pacientes devem passar antes pelo médico psiquiatra que solicitará exames laboratoriais e fará uma consulta prévia para informar sobre os procedimentos e orientações, além da avaliação cardiológica e outros exames, conforme necessidade individual.
A médica alerta que embora existam vários fármacos antidepressivos disponíveis no mercado, até 1/3 dos pacientes podem não responder, mesmo após a tentativa de dois ou mais antidepressivos. Nesse grupo, há um risco aumentado de ideação suicida e tentativa de suicídio.
“Cada pessoa reage de um jeito e não existe uma fórmula pronta. No entanto, já avançarmos muito e os novos medicamentos e terapias disponíveis podem realmente ajudar quem sofre da doença, evitando mais suicídios”, afirma o especialista em psiquiatria Carlos Periotto.
O Setembro Amarelo teve início em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) e pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Brasileira de Psiquiatria.