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Será que o STF, se portando como o 34º partido político do país, nos empurra para um precipício institucional?


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É ilegal? Não é. É imoral? É! É inconstitucional? É! O que andam fazendo alguns ministros do Supremo Tribunal Federal tem merecido imensas contestações de boa parte da sociedade brasileira. Sem mesmo passar pelo Ministério Público, que tem o dever constitucional de denunciar, há ministros, como Alexandre de Moraes, que se autonomeia relator de processo, acusa, como se o MP fosse e, mais que isso, ainda vai julgar e, é claro, muito antes do julgamento já se sabe qual será a decisão dele em relação aos possíveis réus.  Há poucos dias, numa decisão surpreendente para muitos, outro ministro, Celso de Mello, que se aposenta em breve (graças aos céus, comemoram os que o consideram muito mais midiático que jurista), decidiu divulgar uma reunião interna da Presidência com seus ministros, causando um clima de tensão no país, sem qualquer necessidade. Em algumas decisões, o STF tem se tornado o 34º partido político oficializado no Brasil.  Deveria entrar na fila das outras 77 siglas, que estão esperando registro na Justiça Eleitoral. Aliás, é muito bom lembrar também que essa balbúrdia de siglas políticas, a grande maioria balcões de negócios, foi criada pelo próprio STF, ao acabar com a cláusula de barreira. Mas daí, já é outra história. A verdade é que há ministros do principal tribunal do país, que estão perdendo o rumo, trocando sua sagrada missão de defender irrestritamente a Constituição, por bate bocas na planície. Mas, pior de tudo, se transformando num braço legislativo e opositor a um governo legitimamente eleito.

O que fez o ministro Alexandre de Moraes, como se o Califa fosse; numa tentativa clara de censura, como se o Imperador fosse, mandando a PF invadir, ao amanhecer, a casas de pessoas suspeitas de terem criado Fake News e outras que apenas emitiram suas opiniões, esculhambando com ele e seus colegas de toga, foi um acinte. Um ataque à liberdade de expressão. Uma demonstração de força do tipo: aqui quem manda sou eu.  Puro abuso de autoridade? Foi antes de tudo uma covardia, porque ele queria agredir era o Palácio do Planalto e, sem coragem para isso, assacou contra a liberdade e o direito de dezenas de pessoas. Todas, por coincidência, apoiadoras do atual governo. Nenhuma delas da oposição. Alexandre Padilha talvez esteja no lugar errado. Deveria estar é, eleito, na tribuna do Congresso, defendendo os amigos que o colocaram no STF e vociferando contra os adversários que os escorraçaram nas urnas. Do jeito que as coisas estão indo, o STF caminha para promover uma ruptura institucional no país? Com todos os seus poderes, o Supremo deveria, nessa hora, estar ao lado da Nação. Não está. Preocupados consigo mesmos e em defesa dos discursos da oposição, parte dos ministros do Supremo pode estar jogando o país num precipício institucional. As togas, dessa vez, não estão nos dando orgulho. Estão é nos dando medo.

Fonte:http://blog.opiniaodeprimeira.com.br/sera-que-o-stf-se-portando-como-o-34o-partido-politico-do-pais-nos-empurra-para-um-precipicio-institucional/

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