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Mato Grosso

Senar-MT prevê capacitação de 5 mil pessoas em 2021 para atuarem no setor de artesanato


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Com mãos habilidosas, muita criatividade e, por vezes, com o auxílio de ferramentas, o artesão fabrica peças que contribuem para o embelezamento dos ambientes. Em 19 de março se comemora o Dia do Artesão, uma forma de homenagear São José, o padroeiro da categoria. A Bíblia usa a palavra “tekton”, para descrever a atividade do pai de Jesus Cristo. De acordo com a tradição cristã, eles eram marceneiros, ofício praticado de maneira artesanal, por isso, a escolha do seu nome para proteger os que exercem essa profissão.

Apesar do dom que estes profissionais têm de transformar e criar, eles também precisam de capacitação e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) oferta 26 produtos para levar conhecimento para essas pessoas. Dentre eles, cursos de confecção de bonecas em tecido, utensílios feitos com reaproveitamento de madeira e até acessórios com chifre bovino.

Em 2021 estão previstos 348 treinamentos para estes profissionais ou, ainda para aqueles que pretendem ingressar nesta área. A ideia é capacitar cerca de cinco mil pessoas. Nos últimos três anos, o Senar-MT, em parceria com os Sindicatos Rurais, realizou 795 ações para levar conhecimento para estes profissionais. Durante este período, foram capacitadas 9.601 pessoas que fazem sua arte com os mais variados tipos de matéria-prima.

A costureira Lina Colman, de 53 anos, de Alta Floresta é uma destas pessoas. Com a chegada da pandemia da Covid-19, ela começou a confeccionar máscaras para vender e garantir um aumento na renda familiar. Preocupada com o futuro, a costureira foi buscar conhecimento para ter outra fonte de renda ao final da pandemia.

Ela participou do curso de confecção de boneca com tecido realizado pelo Sindicato Rural de Alta Floresta em parceria com o Senar-MT. “Costuro desde menina e sempre quis aprender a fazer bonecas de pano. É uma técnica difícil que precisa de alguém para orientar. Só consegui aprender fazendo o curso”, conta.

Já Cecílio dos Santos, artesão em Poconé, depois de ter feito os cursos de curtimento e conservação do couro bovino e também o de confecção de artigos de montaria passou a ter a venda de suas peças como principal fonte de renda. Ele confecciona selas que custam de R$350 a R$900. “Antes eu fazia trança e laço e agora aprendi a fazer as selas. Demoram uns três dias para ficarem prontas, mas gosto muito de trabalhar com a matéria-prima”.

Jorge Luiz Urnau é outro que assumiu a profissão de artesão após ter se capacitado. Ele confecciona objetos reaproveitando madeira e aperfeiçoou a técnica fazendo um curso que também foi ofertado pelo Senar-MT em parceria com o Sindicato Rural de Alto Taquari.

Jorge participou do treinamento de confecção de utensílios com resíduos de madeira. “Antes eu mexia, mas não tinha muita experiência e depois do curso aprendi bastante coisa nova”.

Dentre os objetos confeccionados estão bancos, prateleiras, cestas e outros. Bonecas e carrinhos também estão no portfólio do trabalhador. A fama cresceu tanto que vizinhos e conhecidos doam a madeira para que ele possa dar um novo destino e quando alguma peça fica pronta é vendida a preço de custo. “Geralmente eu só cobro o que gasto com o verniz e a cola”.

 

Assessoria

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