Rondônia
Semagric elabora projeto para industrializar couro de pirarucu
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A organização da cadeia produtiva rural em Porto Velho, carente de ajustes em todas as suas variantes, é uma das prioridades da administração e um desafio a ser vencido pela Prefeitura de Porto Velho. Uma dessas variantes é a piscicultura, que já vem recebendo investimentos da prefeitura há tempos e agora começa a mostrar resultados.
Dentro do projeto de piscicultura sustentável está o investimento de R$ 1 milhão na construção de um frigorífico de pescado, em Porto Velho, além do contínuo apoio aos piscicultores para viabilizar essa atividade dentro da agricultura familiar.
Agora, para fechar o sistema organizacional da cadeia produtiva, a Secretaria Municipal da Agricultura (Semagric) iniciou entendimento com o Instituto Senai de Tecnologia do Couro e do Calçado, com sede em Campina Grande, na Paraíba, visando instalar em Porto Velho uma “indústria/escola”. O diferencial, em Rondônia, é o uso da pele de pirarucu.
O projeto foi encampado pelo presidente da Fiero, Marcelo Thomé, que também preside a Empresa de Desenvolvimento de Porto Velho. O objetivo é o desenvolvimento de tecnologia de transformação do couro do pirarucu, para produção de cintos, bolsas, peças de roupas, calçados e acessórios diversos, de forma a aumentar e diversificar a renda do produtor.
“Hoje todo o couro de pirarucu de Rondônia é adquirido pela empresa Nova Kaeru, com sede no Rio de Janeiro”, disse o titular da Semagric, Luiz Cláudio da Agricultura, que esteve reunido com Leal Marques, gerente de negócios da empresa e que veio manifestar interesse numa parceria que valorize o produtor de peixe de Rondônia.
“As conversações começaram hoje e temos muito ainda o que planejar e discutir. Temos apoio total da Fiero, fortaleceremos parceria com o Senai e outros instituições e, acima de tudo, temos apoio do prefeito Hildon Chaves. Estamos no caminho certo, já que a podemos transformar, aqui mesmo, o couro em pele e a pele do pirarucu em produtos de notório valor no mercado nacional e internacional”, disse Luiz Cláudio da Agricultura.