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Secretário diz que governo não deve atuar para conter alta do diesel


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O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Felix, disse hoje (31) que o governo não deve atuar para conter a alta do preço do diesel. Segundo ele, faltam recursos para fazer uma nova tentativa de estabilização dos valores. “Por tudo que foi dito, não há espaço no Orçamento da União para colocar mais que o volume, os R$ 9,5 bilhões que foram destinados a essa subvenção somado a não cobrança de PIS/Cofins”, disse sobre as isenções tributárias e subsídios destinados a conter o preço do combustível, após a greve dos caminhoneiros em maio.

O secretário falou à imprensa após acompanhar o leilão da produção de três campos da Bacia de Santos. O ministro titular da pasta, Moreira Franco, também esteve presente, mas não comentou o assunto.

O preço médio do óleo diesel nas refinarias da Petrobras em todo o país estão, desde hoje (31), 13,03% mais caro. Com o aumento, o preço do diesel passou de R$ 2,0316 para R$ 2,2964. É o primeiro aumento no preço do derivado desde junho, quando, em acordo com os caminhoneiros em greve, o governo congelou o preço do produto nas refinarias em R$ 2,0316 por litro, viabilizado a partir da subvenção oferecida no âmbito das negociações que levaram ao fim da paralilsação da categoria.

Para Felix, o governo cumpriu o que foi prometido aos motoristas profissionais e empresários. “A gente ficou três meses com o preço fixo”, ponderou. No entanto, de acordo com o secretário, o cenário externo forçou a oscilação nos preços. “A gente está vivendo um momento delicado não só no Brasil, mas no mundo. A gente acompanhou o que está acontecendo na Argentina em relação ao câmbio. O câmbio aqui também está ficando muito apreciado. E o preço do petróleo também deu uma subida nos últimos dias.”, destacou.

A Petrobras também anunciou aumento de 1,53% no preço do litro da gasolina nas refinarias, que passará a partir de amanhã dos R$ R$ 2,1375 para R$ 2,1704.

Além do momento eleitoral, que na avaliação de Felix tem contribuído para a volatilidade do dólar no Brasil, o mundo enfrenta, segundo ele, incertezas no fornecimento de petróleo. “Há um momento de certa preocupação no cenário internacional de petróleo por conta, principalmente, pelas restrições ao Irã e a deterioração rápida da capacidade de produção da Venezuela. Então, isso tem afetado e pode afetar ainda mais até o final do ano o preço do petróleo”, acrescentou.

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