Agronegócios
Secretaria de Agricultura divulga a estimativa preliminar do VPA 2020
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Dos dez primeiros produtos que compõem a cesta utilizada para o cálculo do VPA, apenas carne de frango e leite apresentaram queda e, consequentemente perda de posição no ranking. A cana-de-açúcar, primeira colocada no ranking apresentou crescimento relativamente pequeno em relação aos demais produtos (+5,76%), no entanto, devido a sua importância para a economia do Estado, o percentual representou um acréscimo de mais de R$ 1,7 bilhão ao VPA total.
Com crescimentos bem mais expressivos, os VPAs do amendoim (+49,81%), da soja (+45,33%) e da carne bovina (+28,42%), produtos com destaque na pauta de exportação paulista, foram favorecidos pela elevada taxa de câmbio e também pelo crescimento da demanda decorrente da pandemia.
O café beneficiado apresentou expressiva elevação de preço e produção, resultante de um ano favorecido pela bienalidade positiva, elevando seu VPA em 76,28%, resultado que lhe permitiu galgar uma posição no ranking subindo da 9ª para a 8ª posição entre os 50 produtos. O ovo, produto que manteve a 6ª posição no ranking estadual, acusou elevação de 14,11% em seu VPA.
Os preços da mandioca para indústria apresentaram-se em recuperação nesse primeiro semestre, em função da estiagem que por um período dificultou o arranquio, como também por efeito dos novos arranjos de mercado previstos por causa da pandemia. O crescimento de 6,31% deverá fazer com que o produto suba da 24ª para a 23ª posição.
Por outro lado, o VPA da carne de frango acusou forte redução (13,44%), decorrente das quedas de produção e preços, que foram fortemente afetados pela política de isolamento social a partir de março, com a decretação da quarentena e o consequente fechamento de restaurantes e outros equipamentos de alimentação. Da mesma forma, o mercado de leite foi bastante afetado, apresentando queda de 11,24% em seu VPA.
Os grupos de produtos olerícolas e de frutas frescas também foram impactados pelas medidas tomadas para fazer frente à disseminação da Covid-19, pois são grupos cujos produtos são majoritariamente consumidos frescos, apresentando alta perecibilidade. Comportamento similar pode ser observado no grupo de frutas frescas, no qual 13 dos 15 produtos considerados apresentaram redução de preços, também em níveis relevantes. A perspectiva de médio prazo é de que o preço dos produtos que foram fortemente afetados num primeiro momento venha a subir, mesmo com a volta das políticas de isolamento em função de uma segunda onda, uma vez que os diversos setores deverão estar mais preparados, ressaltam os pesquisadores.
Metodologia
Para o cálculo do VPA, o IEA considera 50 produtos de origem animal e vegetal, agrupando-os em: produtos para a indústria; produtos de origem animal; grãos e fibras; frutas frescas; e produtos olerícolas. Os dados de produção são extraídos dos levantamentos sistemáticos de previsão e estimativas de safra, realizados pelo Instituto e pela Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), também da Secretaria da Agricultura. Os preços médios mensais recebidos pelos produtores são do Banco de Dados do IEA. Os preços dos produtos olerícolas e os das frutas são obtidos na Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).
Para ler o artigo na íntegra, consultar as tabelas e gráficos com informações sobre cada um dos produtos, clique aqui.
Informações:
Assessoria de Comunicação