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Rondônia registra o primeiro caso de doença de Chagas por transmissão vetorial


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Em Rondônia foi confirmado o primeiro caso de doença de Chagas por transmissão vetorial, ou seja, infecção causada pela picada do barbeiro. O caso aconteceu no setor rural do município de Cujubim, em dezembro de 2018.

A vítima é um trabalhador da área rural, que buscou atendimento e foi diagnosticado no hospital Cemetron, em Porto Velho. Após o atendimento, foi acompanhado por uma equipe da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa).

O biólogo Nilton Neves, técnico da Agevisa explica que a equipe que fez a investigação epidemiológica, foi até a a área que a pessoa infectada trabalha – um acampamento numa área de extração vegetal – fez a coleta de barbeiros no local e a infecção foi constatada num dos vetores analisados no Laboratório Central de Rondônia (Lacen). “Coletamos três amostras e uma delas foi constatado positivo”, esclarece. “Na mesma ocasião realizamos palestras educativas informando as medidas de prevenção para a comunidade”, detalha. A ação foi realizada pela equipe técnica da coordenação de doenças de Chagas da Agevisa, em conjunto com a coordenação da vigilância epidemiológica da regional de saúde de Ariquemes e coordenação de endemias do município de Cujubim.

Moradores de Cujubim recebem orientação sobre os cuidados para evitar a presença do barbeiro

Autóctone são casos de infecção por doenças de Chagas transmitidos de maneira vetorial. Até o mês de novembro de 2018, todos os casos diagnosticados em Rondônia eram constatados como importados, ou seja, as pessoas foram infectadas há vários anos e desenvolveram os sintomas da doença na fase crônica, quando apresentam quadros clínicos mais severos, que afetam o coração ou o intestino dos pacientes.

De acordo com Camila Azzi, bióloga do Laboratório Central de Rondônia (Lacen), a maioria dos casos importados é procedente de Minas Gerais, onde a presença do barbeiro é intensa e de regiões do Nordeste.

DOENÇA DE CHAGAS

É uma doença infecciosa que pode causar febre, mal estar, falta de apetite, aumento do baço e fígado por até 12 semanas, na fase aguda, quadro clínico que pode ter sido desenvolvido pelo paciente picado pelo inseto, na área rural de Cujubim. Já na fase crônica alguns pacientes podem apresentar palpitação, falta de ar, canseira, inchaço, dor no peito, tosse, tontura, dificuldade para engolir, regurgitação, soluço, prisão de ventre e dor no abdômen.

O inseto transmissor da doença é conhecido popularmente como barbeiro. Em algumas regiões ele também é conhecido como chupança, besouro, bicudo, chupão, fincão e procotó. O agente causador da doença é o Tripanossoma cruzi, um parasita que circula no sangue do homem e de animais contaminados, além do barbeiro.

O barbeiro é encontrado com mais frequência em áreas rurais e consegue se esconder em pequenas frestas, em domicílios ou em meio a entulhos. Como formas de prevenir a doença, os técnicos da Agevisa orientam os seguintes cuidados: tapar buracos e rachaduras e rebocar orifícios nas paredes, manter higiene de lugares que podem servir de refúgio para o barbeiro.

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