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Rondônia registra mais de 2 mil casos de malária nos primeiros meses de 2023


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Logo nos primeiros meses de 2023, Rondônia registrou mais de 2 mil casos de malária. Dados obtidos pela Rede Amazônica mostram que a região amazônica concentra 99% dos casos de malária registrados no Brasil.

Em 2022, foram diagnosticados 3.586 casos e a preocupação é que agora o número seja ultrapassado no estado, já que uma região quente e úmida é o local ideal para a proliferação de mosquitos infecciosos.

Os dados foram obtidos pela Rede Amazônica por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa) e pelo Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep-Malária).

O que é a Malária?

 

A malária é uma doença infecciosa, transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles. O mosquito pica uma pessoa contaminada, levando a doença para outra pessoa.

De acordo com a Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa), o homem é o único que reserva o mosquito, algumas espécies de macacos também podem hospedar o parasita, mas a transmissão natural é rara.

Quais são os sintomas?

 

Os sintomas mais fortes são a febre intermitente, dor de cabeça e calafrios com tremores que duram de 1 a 8 horas. As crises podem acontecer a cada 48 horas e durar entre 20 e 36 horas, ou recorrer a cada 72 horas.

O tempo de aparecimento dos sintomas vai variar de acordo com o organismo de cada pessoa, entre 10 a 35 dias após o mosquito picar o indivíduo.

Possíveis sequelas

 

A malária pode ocasionar problemas hepáticos, respiratórios, cardiovasculares, cerebrais e gástricos. Durante o tratamento, complicações como a ‘Urina Negra’ podem acontecer devido ao uso de medicamentos fortes.

Tratamento

 

Medicamentos à base de ‘Quinina’, uma substância antimalárica e analgésica é utilizada para tratar a doença.

Para o tratamento padrão da doença é recomendado o uso de Cloroquina e Primaquina, que devem ser ingeridos em dose única, entre 7 e 14 dias.

A dosagem do remédio é de acordo com a idade e peso do paciente, que em casos graves precisam de internação.

Vacina

 

Em 2021, foi desenvolvido um imunizante eficaz contra a malária. No entanto, a vacina protege a contaminação do transmissor Plasmodium falciparum.

 

A vacina vem sendo utilizada em países da África, mas não chegou ao Brasil já que o maior transmissor da doença aqui é o Plasmodium vivax.

Em 2022, a Fundação Oswaldo Cruz afirmou que não existe ainda uma vacina contra a doença no Brasil. Porém, estudos estão sendo realizados para que uma vacina possa ser desenvolvida, com a participação de grupos de pesquisa da Fiocruz.

Medidas de prevenção da doença

 

A forma de se proteger do vírus é semelhante às medidas de contenção da dengue, como esvaziar locais com águas paradas e possíveis focos dos mosquitos.

As medidas desenvolvidas para contenção da endemia consistem no controle vetorial de larvas e mosquitos adultos. O controle pode ser realizado por drenagens, aterros, controle de vegetação, larvicidas químicos ou controle biológico.

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