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Rondônia não vacinará mais contra a febre aftosa; próxima meta é a chancela da OIE para disputar mercados mais rentáveis


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Rondônia não vacinará mais contra a febre aftosa. Com o estado há 20 anos livre da doença, o governo do finalmente decidiu pela suspensão da vacina, medida que só foi possível devido à forte atuação da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) e à colaboração dos pecuaristas que, orientados pela Agência, cumpriram todas as medidas adotadas para a erradicação da doença. A suspensão da vacina foi anunciada na última terça-feira (4), pelo governador coronel Marcos Rocha, durante audiência pública na Assembleia Legislativa, em Porto Velho.

A decretação de área livre de aftosa sem vacinação representa um grande passo para o salto qualitativo da produção agropecuária do Estado, mas não encerra, em si, as medidas que devem ser adotadas para que a produção de Rondônia alcance mercados mais rentáveis. “Sem a vacinação, passamos a contar ainda mais com o apoio do produtor, uma vez que a declaração do rebanho, junto à Idaron, passa ser um dos principais pilares dessa nova fase”, explica o presidente da autarquia, Júlio Cesar Rocha Peres.

Segundo ele, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) será informado ainda nesta sexta-feira (6) sobre as estratégias que serão adotadas por Rondônia para a efetiva retirada da vacina, considerando a campanha que se encerrou em novembro a última vacinação no Estado. “Ou seja, a próxima campanha, que seria em abril e maio de 2020, não acontecerá”, destacou Júlio Cesar.

O próximo desafio, de acordo o presidente da Idaron, é conseguir a chancela da OIE (Organização Mundial da Saúde Animal) para “aí sim” disputar novos mercados para a carne bovina de Rondônia, com as atenções voltadas para as exportações para países europeus e asiáticos. “E isso não é tudo, além de disputar novos mercados, temos que garantir a manutenção das exportações que já temos”, avaliou.

ÚLTIMA VACINAÇÃO

Governador Marcos Rocha e o presidente da Idaron, Júlio Peres, comemoram o status de Rondônia como livre da febre aftosa sem vacinação

Falta pouco para que os dados refentes a 47ª campanha de vacinação contra a Febre Aftosa sejam consolidados, mas, de acordo com levantamento parcial, de todo o rebanho que deveria ser vacinado, cerca de 6 milhões de cabeças, 99,7% foram imunizados. “Rondônia tem um rebanho de mais de 14 milhões de cabeças, desse total, apenas 6 milhões estavam aptos à vacina. Agora, com o fim do prazo para declaração, a Idaron iniciou o trabalho de acompanhamento para notificar os produtores que não declaram a vacina ou o rebanho”, salientou Júlio Peres.

“Contudo, o fato de um produtor não ter declarado não implica na não vacinação, ele pode ter esquecido de declarar ou ter tido alguma outra justificativa”, acrescentou.

No total, 980 pecuaristas deixaram de declarar a vacina nesta última campanha.

POTENCIAL ECONÔMICO

Anualmente, a Idaron emite uma média de 700 mil GTA’s (Guia de Transporte Animal), das quais 160 mil são para abate de bovinos, o que representa uma média anual de mais de dois milhões de animais abatidos em Rondônia. Este ano, até hoje, já foram emitidas 711 mil GTA’s, com média de abate de 2,5 milhões de cabeças, número que já superou o ano passado, quando foram abatidos 2,4 milhões de animais.

Esses números têm reflexo positivo nas exportações. Até outubro deste ano, o Estado exportou o equivalente a U$ 520 milhões. “Ano passado foi exportado o proporcional a U$ 612 milhões. Com o atual desempenho do mercado, até o fim deste ano, Rondônia deve atingir uma marca histórica e fechar com mais de U$ 620 milhões em exportação de carne”, avalia o gerente de defesa sanitária animal da Idaron, Fabiano Alexandre.

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