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Rocha anuncia primeiros nomes; governador de Rondônia não se encontrou com Lula; e Detran, o órgão que trabalha em silêncio


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O que alguns dos membros do STF viveram, em sua curta estada nos Estados Unidos, nesta semana, foram momentos em que, fosse no Brasil, os que protestaram, berraram, xingaram e até exageraram, com ofensas e palavrões, já estariam presos, porque a democracia americana é a verdadeira democracia, enquanto a “democracia” brasileira é a do STF, ou seja, aquela que só pode ser clamada se for para concordar com suas excelências, os membros do grupo mais poderoso do país, desde muitas décadas.

Ainda bem que todos puderam voltar logo ao Brasil, onde não correrão riscos de serem ofendidos e atacados, como o foram na maioria cidade americana, porque aqui, ai de quem discordar deles! Com o acovardamento vergonhoso e condenável do Congresso Nacional, principalmente do Senado, são os ministros do tribunal superior e principalmente um deles, Alexandre de Moraes, os que dizem quem pode e quem não pode falar, pensar, escrever, criticar, protestar.

Moraes, aliás, foi saudado pelo poderoso jornal New York Times como o brasileiro que tem o poder de decidir o que seus compatriotas podem ou não fazer, dizer ou pensar.

A censura foi instituída no país e continua, mesmo depois da eleição. Não fosse uma nota das Forças Armadas, avisando que é constitucional qualquer mobilização do povo nas ruas, desde que de forma ordeira e pacífica, a situação poderia estar muito pior. Moraes, aliás, continua vivendo no Brasil que não é o real. Disse, em encontro nos Estados Unidos onde foi falar sobre democracia (???) que as Forças Armadas nada encontraram de irregular nas urnas eletrônicas, “traduzindo” que estava tudo certo, segundo os militares, ao contrário do que dizem dúvidas deixadas no ar, no documento sobre o tema.

Mais que isso, Alexandre de Moraes disse, em seu discurso em terras americanas, que a democracia brasileira corria grande risco. Ou seja, deixou no ar que não fossem as decisões inconstitucionais dele e da maioria dos seus colegas de tribunal, estaríamos perdidos.

Onde? Quando? Ou seja, o STF salvou a democracia brasileira! De que forma? Ignorando a Constituição e a modificando?

Mesmo com as ameaças de Moraes e do STF, milhares e milhares de brasileiros continuam nas ruas, em centenas de cidades do país e praticamente todas as capitais. Não estivéssemos sob o temor da pesada mão dos ministros, a ampla maioria deles pendendo apenas para um lado, certamente muito mais gente estaria protestando.

Mas é o que restou aos que não concordam com que a maioria dos membros do STF está fazendo: ir para as ruas, protestar, pedir respeito à Constituição e dizer o que pretende dizer, porque nossa Carta Magna dá esse direito, mesmo que ele nos tenha sido tirado momentaneamente.

Os eventos de Nova York mostraram aos poderosos de agora que há, sim, brasileiros, aqui e fora daqui, que não concordam com a ditadura que querem nos impor, em nome da democracia deles. E eles só temem o povo, porque dos políticos, nem eles e nem nós devemos esperar alguma coisa em defesa do povo brasileiro!

ROCHA JÁ ESTÁ MONTANDO SUA EQUIPE E PRIMEIROS NOMES JÁ ESTÃO CONFIRMADOS

Equipe de Rocha para o segundo mandato está sendo montada. Já estão confirmados os nomes de Luana Rocha, como secretária da SEAS; Júnior Gonçalves, na Casa Civil; Luiz Paulo Silva Batista, como secretário da Agricultura; o vice-governador eleito Sérgio Gonçalves como titular da SEDI, ficando onde está e, caso aceite, Carlos Magno, para comandar o futuro Instituto de terras de Rondônia, que será criado a partir de janeiro de 2023. Também deve permanecer no comando do DER o tenente coronel Eder André Fernandes, que era adjunto de Elias Rezende, que concorreu a deputado federal e ficou na suplência. Rezende, aliás, deve ficar no governo, mas não há ainda definição em que cargo. Há uma chance real de que Luiz Fernando Pereira permaneça no comando da Secretaria de Finanças, até por sua atuação competente e destacada, nos primeiros quatro anos da administração agora reeleita. Os demais nomes vão ser conhecidos em breve, embora muitos deles só devam ser anunciados somente em meados de dezembro.

SAÚDE E EDUCAÇÃO, DOIS SETORES VITAIS, CONTINUAM SEM NOMES ANUNCIADOS PELO GOVERNADOR

Dois setores vitais do governo ainda estão pendentes. O principal deles é o da saúde pública, hoje comandada por uma técnica, Semayra Gomes, com Maxwendel Batista como adjunto. Para o setor, uma espécie de calcanhar de Aquiles da administração rondoniense (na verdade, de praticamente todas as administrações do país) alguns nomes estão sendo cotados, mas ao menos até agora não há uma pista real sobre quem deverá comandar a Sesau, de onde saiu o secretário Fernando Máximo, eleito com uma das maiores votações da história das eleições rondonienses para a Câmara Federal, com mais de 85 mil votos. Há quem diga que o sonho de Rocha seria contar com Mariana Carvalho na área, mas, claro, isso nunca passou de suposição. Já para a Educação, outro mistério. Imaginava-se que o professor Suamy Vivecananda seria reconvocado para a função, mas, ao menos até agora, ele não foi contatado nem pelo Governador e nem pela equipe de Rocha. Suamy acha que a procura se dará em direção a um nome novo, com novas propostas. Ele, acredita, continuará apenas atuando como técnico especialista no assunto, dentro da Seduc.

GOVERNADOR NÃO ESTEVE NO ENCONTRO COM LULA E DIZ QUE TRATARÁ COM O PRESIDENTE ELEITO A PARTIR DE JANEIRO

Mesmo no Egito, participando da COP 27, a conferência internacional do clima e que debate as questões ambientais, o governador Marcos Rocha não se encontrou com o presidente eleito, Lula da Silva, considerado pelos seus amigos internacionais como uma espécie de estrela do evento. Lula anunciou uma reunião, especial, com todos os governantes da Amazônia presentes ao evento. Rocha não participou. Ele deu dois motivos principais para não estar presente à reunião. Em primeiro lugar, porque já havia agendado um encontro com empresários, para tratar de interesses comerciais do Estado. O segundo também é de grande peso e o governador rondoniense explica: “acredito que seria desrespeito tratar de qualquer assunto com o Presidente eleito, uma vez que existe um Presidente ainda cumprindo o mandato. A partir do dia 1º de janeiro do ano que vem, começarei a tratar de todos os assuntos de interesse do Estado com Lula”, destacou. Lula, aliás, anunciou que lutará para trazer a próxima COP para o Amazonas ou o Pará.

PIB BRASILEIRO E DE RONDÔNIA CAÍRAM EM 2020, MAS VOLTARAM A CRESCER BEM MAIS EM 21 E 22

Em 2020, ano em que começou com mais virulência a pandemia do Coronavírus, apenas dois Estados brasileiros tiveram o PIB positivo e, assim mesmo, muito perto do zero. Mato Grosso do Sul cresceu 0,4 por cento e Roraima, com 0,1 por cento. Rondônia foi uma das unidades da federação que teve uma queda acentuada, com menos 4,4 por cento, mesmo percentual de Estados como Bahia e Espírito Santo. A maior perda, em 2020, foi do Rio Grande do Sul, uma das regiões do país com a economia mais sólida, que teve uma queda de 7,2 por cento no seu PIB. A média nacional ficou no negativo de 3,3 por cento. Já em 2021, quando a pandemia ainda era forte, mas foi decaindo mais para o final do ano, graças à vacinação em massa, o PIB nacional cresceu mais de 4,6 por cento, atingindo mais de 8 trilhões e 700 bilhões de reais e recuperando as perdas de 2020. Em Rondônia o crescimento foi de 3,7 por cento. Neste ano, a previsão é também de um PIB nacional positivo, na faixa de 2,7 por cento, última perspectiva anunciada no mês de outubro passado.

CHINESES SÃO NOSSOS MAIORES CLIENTES TANTO NA AGRICULTURA QUANTO NA PECUÁRIA

Tanto em nível nacional quanto em Rondônia, o grande responsável pelo crescimento dos negócios, para o aumento considerável das exportações e a possibilidade de um PIB bastante positivo, é, claro, o agronegócio. Para se ter ideia, no país inteiro o agronegócio brasileiro, até meados de outubro, já teve um faturamento superior a 136 bilhões de dólares (algo em torno de 720 bilhões de reais), um crescimento real de 12 por cento em relação ao que o setor agropecuário vendeu em todo 2021. Em Rondônia, a produção tem dado saltos ano a ano e, mesmo durante o auge da pandemia, não teve queda digna de registro. O Estado se tornou uma nova fronteira agrícola, portal de produtos oriundos de demais localidades do Brasil e hoje é o terceiro maior produtor de grãos da região Norte e o 14º do país, batendo recorde de produção na safra 2019/2020, com um total acima de 2 milhões e 700 mil toneladas. A produção rondoniense cresceu mais de 13 por cento no ano passado e deve bater novos recordes este ano. O maior comprador dos nossos produtos oriundos da produção agrícola e do rebanho bovino é a China, nosso maior parceiro comercial, responsável por um terço de todas as exportações. Na sequência, nossos maiores clientes são a União Europeia, Estados Unidos, Irã e Japão, nessa ordem.

DETRAN: UM MILIONÁRIO ÓRGÃO PÚBLICO QUE CONTINUA TRABALHANDO EM SILÊNCIO

De todos os órgãos do Estado, pelo menos um deles está necessitando de mais transparência sobre seus atos, seus investimentos, seus gastos e seus investimentos. O Detran, praticamente uma fábrica de produzir dinheiro, há anos não promove uma só campanha publicitária para melhorar o trânsito e, quando tem iniciativas em benefício da coletividade, pouco informa, como se os cidadãos rondonienses não merecessem ver tudo, de forma transparente, o que é feito no órgão. E não é de agora. Há muito tempo o Detran fechou-se, sem que se saiba exatamente quanto arrecadou e o que foi feito dos muitos milhões de reais que inundaram seus cofres. Para se ter ideia, a página do Detran rondoniense no Facebook, por exemplo, ainda tem fotos do ex-governador Confúcio Moura e do ex-vice, Daniel Pereira, ao lado do então executivo do órgão, José Albuquerque, então indicado pelo senador Acir Gurgacz. Albuquerque assumiu o posto em 2015, ou seja, há quase sete anos. O atual presidente do Detran é Paulo Higino Ferreira de Almeida, certamente um técnico competente mas que, como vários dos seus antecessores, prefere trabalhar em silêncio, como se o Detran não fosse um órgão público que precisa apresentar o resultado do seu trabalho e não apenas no Diário Oficial.

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