Mato Grosso
RIXA COM EMANUEL: Janaina diz que grupo usa práticas “abusivas” contra adversários
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A deputada estadual Janaina Riva (MDB) acusou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e aliados de usarem de “expedientes baixos” para atingirem seus objetivos políticos na Capital.
Entre eles, a parlamentar citou que o grupo do emedebista “ataca” a vida pessoal dos adversários que contrariam a vontade de Emanuel.
“Eles usam a família, usam a vida pessoal, usam tudo que podem de forma abusiva para conquistarem seus objetivos. Vimos muito disso nas eleições. São capazes de tudo (…) usam lista de transmissão para denegrir desde o procurador-geral de Justiça [José Antônio Borges], os vereadores de Cuiabá, até a mais simples liderança que ousem contrariar a vontade do ‘grande líder paletó'”, afirmou ela em uma publicação nas redes sociais.
“Não aguentarei mais calada. Vi Felipe Wellaton ser massacrado. Vi Abílio, Diego Guimarães serem massacrados e vi de forma mais recente, a nova vereadora Michelly Alencar passar pelo mesmo”, acrescentou.
A acusação ocorreu em uma tréplica ao prefeito da Capital. Inicialmente, a deputada havia dito que Emanuel não é uma liderança no MDB e o convidou a se retirar da sigla. Ele rebateu dizendo que “quem faz política chapa-branca também deve sair do MDB”.
Ainda na publicação, Janaina disse que, enquanto esteve ao lado de Emanuel, presenciou “linchamentos” aos adversários.
“Nunca é tarde para abrirem seus olhos. As relações abusivas se dão tanto na vida pessoal, quanto na vida profissional. Deus me deu um livramento me afastando desse grupo”, afirmou.
“Carreguei muita culpa por presenciar esses linchamentos aos adversários. Não carrego mais. Me libertei desse mal. Dessas pessoas que são fingimento puro e que no futuro, tenho certeza, serão desmascaradas. Aquele vídeo não foi nada, nada, perto de tudo que já ouvi, tudo que aconteceu e acontece na Prefeitura de Cuiabá”, acrescentou.
“Pegue seu banquinho”
Janaina também rebateu o pedido de Emanuel para que ela deixe o MDB. Afirmou não ter “histórico de traição” como o prefeito e que se membros do partido tiverem que escolher entre os dois, será o chefe do Executivo que trocará de sigla.
“Diferente de Emanuel, que tem tradição com a traição, sou uma apaixonada pelo MDB. Tenho certeza que se tiverem que escolher um de nós dois, não serei eu a ‘pegar o meu banquinho e sair de mansinho’”, disse.
A deputada afirmou, ainda, que como vice-presidente do MDB errou ao se manter em silêncio no segundo turno das eleições municipais em Cuiabá e que agora, irá lutar para que Emanuel saia o quanto antes do partido.
“Aos nossos prefeitos, vereadores, que temem que Emanuel permaneça no partido, manchando nossa imagem e ameaçando nosso processo eleitoral de 2022, vamos lutar para que isso se finde o quanto antes”, afirmou.
“Meu silêncio nesse processo eleitoral, aquilo que considerei como correto, já trouxe muito prejuízo a Cuiabá. Por apenas 6 mil votos, continuaremos a ter uma Prefeitura liderada por um corrupto e manipulador. Talvez se eu tivesse tido a postura que estou tendo hoje, isso não tivesse acontecido. Fui covarde e peço desculpas”, completou.
Midia News