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REVISTA SAFRA: Embrapa apresenta avanços na pecuária


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Presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Celso Moretti falou via videoconferência aos jornalistas da 14º Road Show para jornalistas e influenciadores digitais do Agronegócio

Moacir Neto, com agências

São Paulo (SP)*

O Brasil que alimenta sete brasis já exporta para as principais economias do mundo. Dado otimista, quando se fala em 20% da população global, algo em torno de 1,5 bilhão de pessoas. E os avanços em praticamente todas as regiões produtivas revelam um cenário altamente promissor, sobretudo no campo da pesquisa em melhoramento. No Cerrado, por exemplo, as terras áridas e inférteis se transformaram, ajudando a compor o índice de 23% do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB), quando o assunto é agronegócio.

Ademais, a tropicalização de animais e plantas, bem como a criação da raça girolando e a vinda de pastagens da África, resultaram na mais representativa atividade econômica do País. Tanto que, atualmente, o Brasil exporta forrageiras para a África. “O trigo tropical é outro feito fantástico de pesquisadores. E as ações não para nisso, já que a plataforma de produção sustentável no modelo de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (IPLF) já ostenta resultados muito promissores”, diz o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Celso Moretti. Por meio de videoconferência, ele conversou com jornalistas integrantes do 14º Road Show para jornalistas e influenciadores digitais do Agronegócio, iniciativa da Texto Comunicação Corporativa.

Durante as palestras do workshop Tudo sobre a cadeia do leite para jornalistas, a cargo da Embrapa, os pesquisadores mostraram os recentes avanços obtidos por meio de acurados estudos envolvendo a pecuária leiteira. “A pesquisa feita hoje reflete daqui a dez anos. E a desindustrialização atual (referência feita ao momento econômico vivido, sobretudo pela cadeia produtiva do leite) só não tem efeito pior devido à pesquisa realizada na última década”, reforça o pesquisador Humberto de Mello Brandão.

Importante no cenário do agro, o estado de Minas Gerais ainda é um dos grandes produtores de leite no Brasil. Dentre as variáveis, a sustentabilidade norteia as decisões. Tanto que, atualmente, a avaliação do ciclo de vida do animal envolve avaliar também o quantitativo de emissão de CO2 na atmosfera. E a vaca do futuro, como denominam os estudiosos da Embrapa, deve contar com a biotecnologia, a tecnologia da informação e a biologia da computação. O resultado é a bioinformática, onde é possível sequenciar mais de 300 animais de 14 raças diferentes. Um feito inimaginável décadas atrás.

E o futuro, já que está se falando em raça girolando, é a edição genômica, com seleção genômica e usando o DNA do indivíduo. Como resultado, uma seleção mais rápida, efetiva e precisa. Usando a edição genética, é possível até quadruplicar a qualidade genética do girolando, destaca a Embrapa. Ou seja, nanotecnologia rima com altos índices de produtividade leiteira. “A vaca do futuro está sendo avaliada a cada segundo. E a decisão do produtor é após esse segundo. A Embrapa tem trabalhado para oferecer ao produtor a vaca do futuro”, diz o pesquisador Marcos Vinicius Barbosa da Silva, da Embrapa Gado de Leite.

Boi 777

E o boi do futuro? Sim, ele já existe. E a proposta é ter maior produção com melhor qualidade. E, claro, em menor tempo. Se não é unanimidade, esse é quase que inquestionavelmente o sonho de qualquer pecuarista. E as pesquisas caminham para levar ao campo um boi que produza, sistematicamente, mais com menos. É isso que tem feito a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), responsável por desenvolver a tecnologia inédita voltada à produção de gado de corte e batizada de Boi 7.7.7.

A nomenclatura está ligada aos ganhos obtidos com o novo método. No qual o animal alcança sete arrobas na desmama, sete na recria e outras sete na engorda. No total, 21 arrobas no momento do abate. O melhor é que o resultado pode ser obtido em, no máximo, dois anos.

Comparativamente, no sistema tradicional de produção são necessários, no mínimo, três anos para que o animal atinja 18 arrobas. Tempo e rendimento que pouco satisfazem o mercado e o pecuarista que lida com a atividade de produção de cárneos. Já com o Boi 7.7.7, a produção precoce pode desaguar, por meio da tecnologia, em outro ganho, ou seja, o aumento em até 30% dos lucros dos pecuaristas.

A pesquisa que trouxe o Boi 7.7.7 para dentro da porteira é conduzida no Polo Regional da APTA, localizado em Colina, interior de São Paulo. Os estudos foram iniciados há dez anos. O sistema vem sendo adotado por pecuaristas de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Minas, Paraná e Rondônia. As regiões se destacam na produção de gado de corte.

E, para obter os ganhos, a dosagem da suplementação varia. Quanto maior o peso do animal, maior a dosagem. “Essa suplementação ajuda na engorda e não causa nenhum prejuízo para a saúde do animal. Ao contrário, proporciona maior bem-estar”, diz o pesquisador da APTA, Flávio Dutra de Resende.

Giro

Numa produção normal, os pecuaristas precisam de três anos para fazer o giro, ou seja, o período entre o início da produção até o abate. Com a tecnologia, é possível realizar um giro e meio no período. Essa precocidade do sistema é importante para toda a cadeia produtiva. “Tempo é dinheiro. Essa redução no tempo de permanência do animal no pasto aumenta em até 30% os lucros dos produtores”, diz Resende.

*o repórter viajou a São Paulo a convite da Texto Comunicação Corporativa

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