Agronegócios
Ressaca confirmada: frigoríficos parados ou sem preços à espera da investigação do mal da vaca louca
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Frigoríficos da maioria das principais regiões de boi gordo estão parados. Alguns oferecem escalas, mas sem preços.
A tendência é de baixa generalizada, ou nesta quarta (22) ou nos próximos dias.
A ressaca do caso em investigação da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), o mal da vaca louca, que estourou publicamente na segunda, já era aguardada, enquanto novas informações do Mapa não chegam.
Mesmo suspeitando que o caso do boi no Pará, em Marabá, seja na forma “atípica”, espontânea, em animal idoso, sem risco de transmissão a humanos, as exportações para a China ficam suspensas automaticamente.
O temor é a repetição de setembro a dezembro de 2021, quando os chineses ficaram ausentes, mesmo com os episódios do período comprovadamente sem riscos, distribuindo prejuízos para toda a cadeia bovina.
O consultor Hyberville Neto, da HN Agro, viu desde segunda oferta de frigoríficos para colocar boi na escala de abates, mas sem preços.
Em Aquidauana, Frederico Stella, pecuarista local e diretor da Famasul está vendo tudo fechado, à espera, o mesmo que no estado vizinho, o Mato Grosso.
Ali, Francisco Manzi, diretor-superintendente da Acrimat, associação de criadores, também explica que os frigoríficos estão aguardando, porque se o animal foi testado negativo para raiva, agora o exame é para EEB. “Nós da Acrimat vamos lutar para que não haja barreiras não tarifárias se o caso for negativo”, completa.
Em Goiás, a situação é parecida, segundo o confinador, Renato Espiridião: “Acho que só amanhã ou senão vai ser só na segunda-feira para abrirem preço”.
Os mercados futuros na B3 (B3SA3) só operam após o almoço e deverão ter liquidez na linha do chão.
MONEY TIMES