Remédio usado para tratar HIV será fabricado pela Fiocruz, no Rio de Janeiro

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, irá fabricar o medicamento Duplivir – usado para o tratamento de pacientes com HIV. Isso pode diminuir os gastos em 10% do governo federal com a obtenção do remédio para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente, o Duplivir é feito em parceria com a Fiocruz e laboratórios privados. Mas a partir de agosto, o processo de fabricação do medicamento será pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos, da Fiocruz.

Foram solicitados 368 milhões de unidades do Duplivir ao longo de cinco anos, pelo Ministério da Saúde, fabricados em parceria com a iniciativa privada. O custo do remédio é de R$ 3 por unidade. Entretanto, a Fiocruz conseguiu baixar o preço para R$ 1,90 por conta dessa parceria. Dessa forma, serão economizados R$ 258 milhões dos cofres públicos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda precisa dar autorização para que a fabricação do medicamento pela Fiocruz seja realizada por completo. Sendo que, já foram produzidos 30 milhões de unidades nos primeiros quatro meses de 2019. O objetivo é que sejam produzidas 75 milhões de unidades até o final do ano.

“Esse projeto faz parte de uma política do Ministério da Saúde que chama Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP), onde um laboratório privado transfere essa tecnologia de produção para um laboratório público”, explicou Alessandra Esteves, coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico de Farmanguinhos, da Fiocruz em entrevista ao portal G1.

O que é HIV?

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana (human immunodeficiency virus), que é o causador da aids. O HIV é uma infecção sexualmente transmissível (IST), que também pode ser contraída pelo contato com o sangue infectado e de forma vertical, ou seja, a mulher que é portadora do vírus HIV o transmite para o filho durante a gravidez.

Não há cura para a infecção pelo vírus HIV, mas há remédios que podem reduzir drasticamente a progressão da doença. Essas drogas reduziram o número de mortes em decorrência da infecção em grande parte do planeta, mas não é um tratamento simples e a pessoa infectada demandará diversos cuidados em todas as áreas de sua saúde.