Agronegócios
‘Remédio’ da pandemia turbina soja em 2021: ENTENDA
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O preço da soja vai subir ainda mais em 2021? Esta é uma das perguntas que tanto os produtores, quanto os compradores e toda a cadeia mundial está se fazendo neste momento. “Mercados emergentes e commodities em particular têm alta probabilidade de ter um bom ano em 2021”, responde Germán Fermo, diretor do Mestrado de Finanças da Universidade de San Andrés (Argentina).
De acordo com ele, existem dois fatores que devem causar essa dinâmica: “Em primeiro lugar, a economia chinesa, que por meio de incentivos tão grandes como os implementados nos Estados Unidos, vem se recuperando fortemente. E essa tendência deve continuar ao longo de 2021. Lembremos que a China é o principal consumidor de commodities do planeta”.
Em segundo lugar, explica Fermo, a emissão de moeda pelos principais bancos centrais do mundo tem sido histórica e extremamente acelerada desde o estouro da Covid-19 em março de 2020. “Este monumental excesso de liquidez será reciclado entre diferentes grupos de ativos, como ações, criptomoedas e commodities”, projeta o especialista.
A soja atingiu 33% de alta no ano, e desde o início da pandemia, a soja já recuperou 53% do preço. “Nada parece indicar que essa dinâmica será interrompida nos próximos meses – ao contrário, o FED (Banco Central dos EUA) e os demais principais bancos centrais do mundo lançaram as bases para um mercado altista de ativos no início da pandemia do coronavírus”, aponta o diretor acadêmico.
“Como disse Einstein: a força mais poderosa do universo são os juros compostos e o plano é que, com o tempo, eles ‘liquefaçam’ uma criatura cuja razão de origem foi um vírus que pode começar a desaparecer devido às vacinas encontradas. Dedos cruzados, anunciando um ano potencialmente bom para as economias emergentes”, conclui Germán Fermo.
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