Relação de preços ao produtor, na granja, entre ovo e frango vivo

Ainda que venha a recuperar, em agosto, parte do que perdeu nos três meses anteriores, o produtor de ovos continua ficando aquém do produtor de frango quanto à paridade de preços entre os dois produtos.

Essa situação não representa ocorrência inédita, mas dois anos atrás, entre o segundo e o terceiro trimestres de 2017, o produtor do ovo chegou a receber mais que o produtor do frango (valor da caixa de 30 dúzias convertido em dúzias e comparado ao valor do quilo de frango vivo).

O ápice foi registrado em abril daquele ano, mês em que o preço médio da dúzia de ovos chegou a valer quase 15% a mais que o quilo do frango vivo (resultado não visível no gráfico abaixo, que considera a evolução de preços segundo a média trimestral móvel).

Pelo gráfico, aliás, se constata que os picos de preço do ovo em relação ao frango são registrados no segundo trimestre do ano – ocorrência natural se considerarmos, do lado do ovo, que esse é o período pós-Quaresma, ocasião em que o produto obtém sua melhor remuneração anual; e, do lado do frango, que esse é o período de safra das carnes, quando, ao contrário do ovo, o frango registra os menores preços do ano.

De toda forma, é indiscutível que esses picos vêm retrocedendo. Tanto que o pico de 2018 ficou 12% abaixo do pico de 2017, redução que, neste ano aproximou-se dos 27%. Ou 40% a menos que o pico de 2017. O que significa, por outro lado, que enquanto chegou a alcançar valor correspondente a apenas 95% da dúzia de ovos, agora o frango está valendo cerca de 60% mais.

Sumarizando tudo o que se constata é que, comparativamente ao pico de abril de 2017, o preço do frango (dados preliminares para agosto corrente) é 32% superior, enquanto o do ovo é 10% inferior.