Mundo
Reino perdido de Sigiriya tem mais de 1600 anos e passou 3 séculos abandonado
Compartilhe:
Localizado a 370 metros acima do nível do mar e 200 metros acima das selvas que o cercam, a Sigiriya é um antigo complexo palaciano e fortaleza repleto de importância arqueológica que atrai milhares de turistas todos os anos.
Ainda no século 3, havia um mosteiro neste planalto, já no século 5 o rei Kasyapa ergueu a enorme residência e fortaleza real. Kasyapa conquistou o reino ao matar o próprio pai e assumindo o trono que seria do irmão mais velho. Temendo vingança, o conhecido “rei usurpador” mandou construir a fortaleza no topo da grande pedra, para ter visão privilegiada e dificultar o acesso a qualquer exército inimigo ao local.
O rei viveu no local por 17 anos, até que o irmão resolveu emplacar uma batalha contra ele e, abandonado pelo próprio povo, Kasyapa cometeu suicídio. O irmão então assumiu o trono que lhe era de direito, mas voltou à antiga capital do Sri Lanka, Anuradhapura, dando início ao declínio de Sigiriya.
Após a morte do rei, o local foi novamente transformado em um mosteiro, até que, sem nenhuma explicação conhecida, foi novamente abandonado durante o século 14. Toda a fortaleza, formada a partir do magma de um antigo vulcão inativo, foi todo esculpido em forma de um gigantesco leão, do qual hoje somente as patas estão preservadas.
A enorme pedra era desconhecida até ser redescoberta em 1831 e continuou desconhecida do mundo ocidental até o ano de 1907. Toda a obra arquitetônica local é surpreendente e deslumbrante, sendo reconhecida como umas das construções urbanas mais importantes do mundo antigo e como Patrimônio Mundial da Unesco, em 1982.
O Sigiriya é considerado uma das mais valiosas atrações e monumentos históricos do Sri Lanka, sendo considerada pelo povo local a Oitava Maravilha do mundo.
Quando ir
O calor na região é muito intenso e, por causa das chuvas, as planícies do Sri Lanka podem ficar bem escorregadias em determinadas épocas, então o mais recomendado é que se visite a grande pedra entre os meses de dezembro e abril, época em que as chuvas são relativamente baixas e a temperatura mais amena – o calor é bem intenso por lá.
Entre os meses de junho e agosto as chuvas são mais baixas, mas os passeios deverão ser pelo início da manhã, quando é mais frio. Ao visitar, é importante que se use roupas confortáveis, leve água, lanche e se evite levar peso. A temperatura média do local é de 30°C, pode não parecer muito para um brasileiro, mas considerando que se estará a mais de 200 metros acima do mar e em uma longa caminhada, escalando uma enorme pedra, é melhor não passar sufoco.
Para entrar na Sigiriya há uma taxa de cerca de US$ 30 por pessoa (R$ 163,63 em conversão direta) e o pagamento é aceito somente em dinheiro. A taxa de inscrição para Sigiriya também inclui a entrada no Museu Sigiriya, que explica a história da cidade antiga e algumas das principais atrações.
A bilheteria está localizada em uma rua lateral próxima à entrada principal da fortaleza e funciona das 6h30 às 17h. É melhor ir precavido, apesar de haver um caixa eletrônico próximo ao local o mais comum é que este não esteja funcionando.
O que ver por lá
Ao chegar à famosa “Pedra do Leão”, o turista já se depara com as incríveis e enormes patas esculpidas em rocha, que marcam o início de uma enorme escada, com cerca de 1200 degraus, a subida é longa e pode ser bem cansativa, mas oferece uma vista que faz valer a pena o esforço. Para tirar fotos, o melhor horário é no final da tarde, com o pôr do sol oferecendo uma luz mais alaranjada e uniforme – em horários com o sol forte a visibilidade fica bastante prejudicada para as fotografias.
Lembrando que em alguns pontos da visita, em nome da conservação do local, é proibido tirar fotos.
Turismo.ig.com.br