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Rede particular de saúde tem redução da Covid-19 na região metropolitana de Belém, diz sindicato
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A região metropolitana de Belém apresenta redução nas internações e nos casos identificados de Covid-19 na rede particular de saúde, segundo o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviço de Saúde do Estado do Estado do Pará (Sindesspa). A ocupação de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está 5%. Já na rede pública, está em cerca de 30%, segundo o governo (veja mais abaixo).
Em momentos mais difíceis da pandemia no estado, o colapso na saúde particular é um dos principais indícios da escalada da doença, o que se via nas cenas de pacientes à espera de leito. Em março deste ano, uma rede particular chegou a analisar abertura de hospital de campanha, após esgotar as vagas de UTI.
Mas o presidente do Sindessespa, Breno Monteiro, afirma que atualmente a “rede particular está no melhor momento desde o início da pandemia, fruto do avanço de nove meses de vacinação da população”.
“Estamos com menos de 5% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados e entre 2% a 3% em relação aos leitos clínicos”, anuncia.
Monteiro diz que a quantidade de pessoas com sintomas ainda é significativo na rede particular, e muitos continuam procurando as unidades de emergências com sintomas suspeitos do novo coronavírus. “O vírus continua circulando, é fato, mas o que a gente vê é que em sua grande maioria são casos leves, sem necessidade de internação hospitalar”.
Em um plano de saúde, o número de casos identificados aumentou de janeiro a março, quando teve pico. Depois disso, teve decréscimo a partir de abril, segundo dados da própria empresa. Os dados de internações no entanto não foram divulgados, somente em porcentagens.
Casos de Covid-19 em plano de saúde na região metropolitana de Belém
Mês | Casos confirmados |
janeiro | 1.010 |
fevereiro | 1.251 |
março | 3.103 |
abril | 1.263 |
maio | 823 |
junho | 676 |
julho | 403 |
agosto | 116 |
Total | 8.645 |
O diretor administrativo do plano de saúde, Robson Tadachi, diz que “havia expectativa, que felizmente não ocorreu, de que agosto registrasse um novo pico da doença, mas que com o avanço da vacinação o aparecimento de novos casos consequentemente diminuiu”.
Tadachi diz que a variante delta, por ser transmissível, foi o motivo da preocupação. “Atualmente, o número de internações na Unimed Belém referente a casos de Covid-19 não chega a 10% em leitos clínicos e de UTI não chega a 2%”, ele afirma.
O diretor alerta que mesmo com a tranquilidade em que os atendimentos de Covid-19 têm alcançado, é importante ainda manter os cuidados, como o uso de máscaras, higienização das mãos, evitar aglomerações e ambientes fechados, além de procurar a vacinação.
“Não podemos relaxar em nenhum momento dos cuidados básicos, porque a pandemia não acabou ainda”, afirma.
Rede pública
Na rede pública de saúde, a regional RMB/Marajó Oriental/Baixo Tocantins, em que quatro hospitais de referência para Covid-19 abrangem 32 municípios, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 30,19% para 106 leitos. Já em relação a leitos clínicos, é 28,75% para 80 unidades, até a noite de terça (7).
Hospital de Campanha de Belém do Pará no Hangar Centro de Convenções — Foto: Bruno Cecim/Agência Pará
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa)afirma que o patamar abaixo de 30% na internação já havia sido alcançado em meados de março e abril, com média de 20% de ocupação por dia, na região.
Em nota, a secretaria afirmou que mantém “sistema de vigilância em saúde de forma ativa, passiva e sentinela, contando com a vigilância laboratorial, com capacidade alta de testagem para vírus respiratório, e por meio da vigilância epidemiológica, no monitoramento e investigação de casos suspeitos, rastreamento e monitoramento de contatos e vigilância de novas variantes, além de elaborar orientação, nota técnica, boletins, relatórios e reuniões periódicas com grupo técnico para discutir o cenário e as ações, caso sejam necessárias”.
G1.globo.com