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Direto de Brasília

Randolfe protocola pedido para abertura de uma nova CPI da Covid no Senado


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Menos de três meses após a conclusão dos trabalhos da CPI da Covid no Senado Federal, o Brasil pode voltar a acompanhar uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a pandemia. O senador Randolfe Rodrigues (Sustentabilidade-AP) anunciou pelo Twitter que protocolou um requerimento pedindo a instalação de uma nova investigação.

Agora, segundo o parlamentar, a comissão investigaria as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia de covid-19 a partir de novembro de 2021. Entre os pontos levantados por ele estão o atraso e a insuficiência na vacinação infantil, a insuficiência de provisão de doses de reforço em 2022 e os ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) aos técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que aprovaram a vacinação infantil.

O parlamentar ainda citou a insuficiência da política de testagem do governo federal e o apagão de dados do Ministério da Saúde, que desde dezembro está com dificuldades de monitorar a evolução da pandemia no Brasil.

“Se a PGR não cumpre seu papel, o Senado vai cumprir. Não iremos ficar calados diante do aumento de casos de covid-19, da disseminação da ômicron e sabotagem da vacinação de crianças”, escreveu Randolfe.

A CPI da Covid foi encerrada em outubro de 2021. O relatório final da investigação foi encaminhado à PGR, e conta com uma série de denúncias contra diversas pessoas, com destaque para Bolsonaro, que foi acusado de nove crimes. Mesmo assim, as denuncias pouco evoluíram após a entrega do relatório

“Não é aceitável nós assistirmos impávidos o PGR (Antônio Aras) não tomar nenhum tipo de providência. Diante desses acontecimentos só resta ao parlamento um remédio: a CPI”, escreveu Randolfe.

Para a abertura da comissão no Senado são necessárias assinaturas de 27 dos 81 parlamentares da Casa. Vale lembrar que em 2021, mesmo após o número necessário de assinaturas ser colhidas, a CPI da Covid só foi aberta pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após uma ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.

Em quase seis meses de trabalho, a CPI da Covid colheu mais de 50 depoimentos, quebrou 251 sigilos, analisou 9,4 terabytes de documentos e fez mais de 60 reuniões.

Correio Braziliense

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