Direto de Brasília
Randolfe defende inclusão de líder de resistência do Amapá no Livro dos Heróis da Pátria
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) defendeu em Plenário, nesta quarta-feira (16), a inclusão do nome de Francisco Xavier de Veiga Cabral (1861-1905) no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. General honorário do Exército brasileiro, ele comandou a resistência contra a invasão francesa no Amapá, em 15 de março de 1895.
O senador explicou que, depois de ocuparem, no século 18, a região que hoje é a Guiana Francesa, os franceses tentaram estender suas terras, invadindo a região que fica entre os rios Oiapoque e Araguari, já em território brasileiro. Eram mais de 80 mil Km², ocupando terras 400 quilômetros ao sul da fronteira, que sempre foi o rio Oiapoque.
O senador relatou que gradativamente os franceses foram expulsando os brasileiros e instalando governantes na região, que passaram a chamar de “República do Cunani”, como se fosse já separada do Brasil. Em 1895 um conjunto de brasileiros, chefiados por um triunvirato cujo personagem principal era Francisco Xavier de Veiga Cabral, apelidado de Cabralzinho, depôs seguidamente os dois representantes franceses.
O governo francês na Guiana organizou uma expedição punitiva, que, ao exigir a libertação do representante francês, entrou em combate com os brasileiros, continuou Randolfe. O comandante francês Lunier e mais seis militares acabaram sendo mortos, mas os militares franceses se vingaram matando aproximadamente 30 civis.
O conflito chegou a ser noticiado na Europa e gerou uma arbitragem internacional, acompanhada pelo Barão do Rio Branco (1845-1912), destacou Randolfe. Ao final, em 1900, foi reconhecida a soberania brasileira no Amapá. E a data de 15 de maio agora é feriado no Amapá, explicou o senador, justamente para comemorar a resistência dos brasileiros à expansão francesa.
— Se não houvesse ocorrido essa resistência, a fronteira norte brasileira hoje seria bem menor —concluiu Randolfe.