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Projeto social incentiva mulheres em vulnerabilidade social a terem uma profissão em Rio Branco


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Mulheres em situação de vulnerabilidade social que estão em casa de apoio encontram na costura um aprendizado, acolhimento, parceria e distração. Elas fazem parte do Projeto Arte de Ser, do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-AC) e do Instituto Federal do Acre (Ifac), que incentiva práticas de costura para ajudar a superar as dificuldades e sofrimentos.

O encontro dessas mulheres ganhou o nome de “Clube Fuxico”. No Lar Ester, a atividade artesanal proporciona um momento de distração e aprendizado às meninas e jovens acolhidas no local. Uma equipe da Rede Amazônica Acre esteve na casa de acolhimento e conversou com as mulheres.

Por conta da situação de vulnerabilidade, as entrevistadas não terão o nome divulgado.

“É muito legal porque quando a gente está com raiva, a raiva passa. É muito legal fazer, aprender, depois para vender. Me ajuda a concentrar”, disse uma das integrantes do clube.

A técnica artesanal fuxico nasceu na região Nordeste e ganhou esse nome porque as mulheres se reuniam para confeccionar e, enquanto isso, conversavam sobre suas vidas. Assim, nasceu o termo que batizaria esta modalidade artesanal.

Clube do Fuxico reúne mulheres e jovens em situação de vulnerabilidade social  — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Clube do Fuxico reúne mulheres e jovens em situação de vulnerabilidade social — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Contudo, em Rio Branco, segundo a coordenação do projeto, os encontros não são apenas conversar sobre a vida e problemas, mas também como uma terapia.

“Ele reduz o estresse, trabalha a concentração, é uma ação que envolve a família e quando essas pessoas estão concentradas estão em um momento zen. Vai transformando as pessoas em um momento de acolhimento”, destacou a coordenadora de arte, cultura e cidadania da pró-reitoria de extensão do Ifac, Mariete Buriti.

Na produção do fuxico são utilizados pedaços de tecidos para fazer espécies de trouxinhas de pano costuradas. A partir delas, são confeccionadas florzinhas, acessórios e bordados em roupas. Mariete Buriti acrescentou que a técnica vai muito além de trouxinhas de pano.

“O fuxico é feito a partir de retalhos, uma forma de aproveitamento do tecido. São feitas as rodinhas de dez centímetros de diâmetro, fechadinhos em forma de trouxinhas, que vamos conectando pontinho por pontinho formando tapete ou algo maior. Serve para você utilizar como decoração, é uma arte libertadora. Podemos fazer infinitas formas”, disse.

Fuxicos são feitos de retalhos de tecido  — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Fuxicos são feitos de retalhos de tecido — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Nas casas de acolhida são realizados ainda cursos, palestras e oficinas que duram em média 20h e já atenderam mais de 100 mulheres. Essas atividades ajudam o público infanto-juvenil na vida em sociedade, no desenvolvimento profissional e controle emocional.

“Acalma muito, é muito legal e é bom aprender porque um dia se você não tiver trabalho dá para você trabalhar com isso. Qualquer emoção que é ruim passa quando estou fazendo”, contou outra integrante participante do curso.

G1

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