Agronegócios
Projeto quer proibir trigo transgênico no Brasil
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Está em discussão na Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio), do Ministério da Ciência e Tecnologia, a liberação da primeira variedade de trigo transgênico no Brasil. Inicialmente a decisão de liberação ou não seria tomada em junho mas foi adiada. Em meio a protestos do setor tritícola, o órgão resolveu pedir mais informações.
A variedade HB4, da empresa argentina Bioceres, é geneticamente modificada (OGM) e está em desenvolvimento há 18 anos. Na Argentina o cultivo esta liberado desde o ano passado. Além do Brasil países como Bolívia, Uruguai, Paraguai, Estados Unidos, Colômbia, Indonésia, África do Sul e Austrália discutem a liberação do cultivo.
Entre as características está a resistência à seca, o que poderia ser uma alternativa para a expansão do grão no Cerrado e Nordeste do país. Também é resistente a herbicidas à base de glufosinato de amônio. O defensivo é proibido na União Europeia pela toxicidade.
O Brasil pode proibir a variedade transgênica antes mesmo de sua aprovação. O deputado Federal Nilto Tatto (PT-SP) protocolou na Câmara dos Deputados, o PL 2755/21, que proíbe o plantio e a comercialização no país. A medida tem como objetivo combater o uso agrotóxicos na agricultura, reduzindo a contaminação dos alimentos, do meio-ambiente, dos trabalhadores e consumidores.
Segundo o comunicado os malefícios do trigo transgênico não estão ligados à técnica de alteração genética, mas à maior tolerância aos venenos agroquímicos. “Se for liberado, o trigo terá altas concentrações de uma substância extremamente tóxica, podendo ser utilizado em produtos destinados à alimentação humana; derivados; processados e rações. Uma vez que o trigo é um grão consumido em larga escala no país, em especial na preparação de pães, massas e biscoitos, a medida certamente aumentará o consumo de veneno e as intoxicações por agrotóxicos em toda a população”, destaca.
Agrolink.com.br