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Projeto que incentiva produção de cerveja artesanal em Mato Grosso é aprovado em 2ª votação


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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou, nesta terça-feira (17), em segunda votação, o projeto de lei nº 3/2016, de autoria do deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), que busca incentivar a produção de cerveja artesanal em Mato Grosso.

O projeto altera dispositivos da Lei nº 7.098, de 30 de dezembro de 1998, e propõe a redução de 35% para 17% da alíquota básica de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) cobrada das microcervejarias artesanais instaladas em Mato Grosso.

Conforme texto do projeto, é considerada microcervejaria a pessoa jurídica produtora de cerveja e chope artesanais cuja produção anual não seja superior a seis milhões de litros, considerando todos os seus estabelecimentos, inclusive aqueles pertencentes a coligadas ou controladoras, e que esteja em dia com suas obrigações tributárias estaduais.

A proposta estabelece ainda que o enquadramento deverá ser devidamente cadastrado perante a autoridade competente para fins de monitoramento do volume produzido e de aplicação das faixas de alíquotas específicas estabelecidas na Lei.

Conforme Guilherme Maluf, o projeto de lei tem o objetivo de fomentar a economia do estado a partir de atração de investimentos na área e também de aumentar a geração de emprego e renda.

“Hoje a carga tributária aplicada às microempresas de cerveja é muito alta, por isso esse mercado ainda é pequeno em Mato Grosso, comparado a outros estados que dão incentivos ao setor. O impacto econômico da mudança de faixa será irrisório para os cofres do estado e, sem dúvida, vai estimular a abertura de novas empresas, a ampliação das já existentes e a consequente criação de novos postos de trabalho, aumentando, a médio prazo, a arrecadação estadual”, afirma.

Gregório Laurindo, proprietário da cervejaria cuiabana Louvada, afirma que a alta carga tributária aplicada aos microempresários faz com que a concorrência com as grandes empresas seja desleal.

“Como nós produzimos uma quantidade muito pequena perto das grandes empresas, empregamos muito mais pessoas por litro produzido e não conseguimos diluir nossos custos. A cervejaria artesanal usa produtos importados, como o puro malte, que são mais caros, então a carga tributária acaba esmagando a gente”, relata.

A partir de agora, o projeto de lei segue para sanção governamental.

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